sábado, 23 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Nesta quinta-feira (29), o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, anunciou que o bloco europeu decidiu não reconhecer a legitimidade democrática da reeleição de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. A decisão foi tomada em razão da falta de publicação das atas eleitorais pela autoridade eleitoral venezuelana, o que gerou acusações de falta de transparência no pleito realizado em 28 de julho.

A posição da UE foi formalizada após uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do bloco, onde também foi ouvido Edmundo González, candidato de oposição que concorreu contra Maduro. Borrell destacou que, apesar de não haver sanções relacionadas à eleição, a decisão representa uma “declaração forte” da União Europeia, que representa aproximadamente 450 milhões de pessoas.

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) declarou Maduro vencedor da eleição com base em uma suposta auditoria das atas eleitorais, a pedido do próprio presidente. A sentença do TSJ, considerada irreversível e inapelável, confirmou o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e proibiu a divulgação das atas. Ambos os órgãos são alinhados ao governo de Maduro e não são considerados instituições independentes, conforme a missão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A oposição venezuelana, com base em aproximadamente 80% das atas eleitorais obtidas, afirma que González foi o verdadeiro vencedor da eleição, com 67% dos votos contra 30% de Maduro. Edmundo González e María Corina Machado, líder da oposição, estão sendo investigados pelo Ministério Público venezuelano, que também é alinhado ao governo de Maduro, pela divulgação dessas informações. González está escondido devido a temores de prisão e não compareceu às duas primeiras citações do MP.

Fonte e fotos:  Rede.

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