A Universidade Federal de Lavras (UFLA) segue consolidando sua participação no Projeto Rondon, uma iniciativa interministerial do Governo Federal. A cada edição, o projeto visa a contribuir com o desenvolvimento da cidadania nos estudantes universitários, empregando soluções sustentáveis para a inclusão social e a redução de desigualdades regionais.
Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, a UFLA participou de duas operações: a Sul de Minas I, realizada em Careaçu, e a Sul de Minas II, que abrangeu os municípios de Andradas e Monte Sião. “Por meio dessas operações, tivemos a oportunidade de levar o conhecimento gerado na Universidade para as comunidades locais, promovendo transformações tanto na sociedade quanto nos nossos próprios estudantes participantes”, destaca a coordenadora do projeto na Instituição e professora do Instituto de Ciências Naturais (ICN/UFLA), Mariana Esteves Mansanares.
Nas cidades alcançadas, os moradores relataram a importância da iniciativa. Jussara, de Careaçu, mostrou-se entusiasmada com a experiência. “Estou amando todas as oficinas e ainda quero participar de mais. O Projeto Rondon foi além das minhas expectativas”, afirmou.
O coordenador da Operação Sul de Minas I e professor da Escolas de Ciências Agrárias de Lavras (Esal/UFLA), Pedro Maranha Peche, ressalta a experiência positiva. No município de Careaçu, por exemplo, a UFLA trabalhou em conjunto com outra equipe do Rio Grande do Sul e contou com grande apoio da prefeitura e da população local. “Realizamos, em conjunto, mais de 110 oficinas e atendemos cerca de 50% da população do município”, explica Pedro.
Por meio das oficinas interdisciplinares, a proposta do projeto é criar multiplicadores em todas as comunidades atendidas, ou seja, capacitar as pessoas para que possam disseminar o conhecimento adquirido durante as atividades.
Benefícios para todos
O impacto do projeto não se limita às comunidades atendidas. Afinal, quem também se beneficia são estudantes como Paulo Roberto de Carvalho Pereira, graduando em Ciências Biológicas na UFLA. “Essa iniciativa me ajudou a enxergar o mundo fora da Universidade com outro olhar. Pude colocar em prática um pouco do que aprendo no meu curso e, sem dúvidas, foi uma experiência que marcou minha vida. Afinal, fazer parte do maior projeto de extensão da América Latina é realmente memorável”, afirma.
Entre as atividades desenvolvidas, Paulo destacou oficinas que envolveram, entre outras práticas, kokedama, artes com plantas secas e manejo sustentável do café. “Essas atividades foram realizadas no Recanto de Apoio à Vida, a Comunidade Terapêutica Reavida de Monte Sião, e me fizeram entender o quão grande é o Projeto Rondon e como ele impacta, de fato, a vida das pessoas. Nós passamos dois dias lá e, quando saímos, foi emocionante para todos nós”.
Além disso, a interdisciplinaridade das equipes de estudantes é um dos grandes diferenciais do projeto. Estudantes de áreas como Administração, Agronomia, Ciências Biológicas e Medicina Veterinária puderam atuar juntos, promovendo um aprendizado mais amplo e integrador.
A seleção dos estudantes é realizada por meio de um edital interno que garante que estudantes de diferentes cursos tenham a oportunidade de integrar as equipes. Os selecionados desenvolvem ações nas áreas temáticas de Comunicação, Tecnologia e Produção, Meio Ambiente e Trabalho.
Mais sobre o Rondon
O Projeto Rondon permite que universidades de todo o País participem, por meio de editais. Nas últimas edições, a UFLA tem conseguido aprovar suas propostas, muitas vezes participando com mais de uma equipe.
Atualmente, a Universidade está se preparando para submeter uma proposta para a Operação Amazonas, programada para julho.
Fonte e foto: UFLA