sábado, 19 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

A perseverança em favor da vida é um ato que não pode ser limitada a datas ou a campanhas. Isso se aplica a uma das principais causas de morte entre jovens e adolescentes, o suicídio. O alerta deve ser contínuo e a atenção deve ser redobrada, especialmente, num contexto onde os jovens tendem a permanecer mais tempo a sós em função da interação com redes sociais e o vasto universo da internet. Diante desse fato, o presente texto tem como objetivo ressaltar o aumento das taxas de suicídios, as causas, o contexto histórico por trás da campanha do Setembro Amarelo e, finalmente, apresentar o canais para diminuir os casos de autoextermínio.

Crescimento

De acordo com a Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ), o Brasil registrou aumento em taxas de suicídio entre jovens durante os anos de 2011 e 2022. Segundo publicação em seu site, “a taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre os anos de 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período. O número foi maior que na população em geral, cuja taxa de suicídio teve crescimento médio de 3,7% ao ano e a de autolesão 21% ao ano, nesse mesmo período”.

Outro dado importante, foi a elevação de autoextermínio no continente americano. Segundo a Fiocruz, “no período entre os anos 2000 e 2019, a região teve aumento de 17% nos casos. Nesse período, o número de casos no Brasil subiu 43%”.

Principais causas

De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos de suicídio estão associados a algum tipo de transtorno mental. O primeiro deles é a depressão, depois o transtorno bipolar, seguido de casos onde há abuso de substâncias. Há ainda outras causas que servem de sinal de alerta como desemprego, dívidas, desilusões amorosas, etc.

Origem do Setembro Amarelo

A origem e campanha para conscientização desse mal se deu com a história de um adolescente de 17 anos de idade, que tirou a própria vida em 1994 nos Estados Unidos. Seu nome era Mike Emme. Ele era conhecido pelo seu temperamento afetuoso e por ser dono de um Mustang 68 na cor amarela. Após seu suicídio, seus familiares e amigos afirmaram que não foi possível detectar qualquer sinal que os levasse a crer que o jovem Mike poderia atentar contra sua vida.

Durante o funeral, amigos do jovem decidiram fazer uma cesta com cartões e fitas amarelas, em alusão à cor do Mustang de Mike com a frase: “Se precisar, peça ajuda”. A ação deu certo, e jovens com desejo suicida passaram a usar a cor amarela como um sinal de pedido de ajuda. O caso teve repercussão nacional e, em 2003, a OMS definiu a data de 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

No Brasil, a campanha foi criada em 2015, fruto de um projeto desenvolvido pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A data estabelecida pela OMS serviu para fixar o uso da cor amarela e o dia 10 de setembro como aquele destinado ao combate ao suicídio.

Modos de prevenção

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados. Dessa forma, o Centro de Valorização da Vida é uma organização que se destina à prevenção do suicídio. Para tanto, o grupo dispõe de canais que funcionam 24 horas por dia para o atendimento.  Aqueles que necessitarem desse apoio poderão obtê-lo por meio do número 188. O site oficial também possibilita o contato com rede de apoio por meio de chat e e-mail. Basta acessar o site através do endereço: https://cvv.org.br/

Por: Eduardo Souza

Fonte: Fiocruz, Ministério da Saúde, OMS, United Nations, CVV.

Foto: Redes Sociais

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