domingo, 24 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Uma das forças do futebol feminino, duas vezes medalha de prata nas Olimpíadas (Atenas, 2004, e Pequim, 2008), vice-campeã mundial em 2007 e terceira na Copa de 1999, a Seleção Brasileira inicia nesta quinta-feira (25) uma nova etapa em busca do inédito ouro olímpico. O confronto com a Nigéria, às 19h, no Estádio de Bordeaux (14 horas de Brasília), será o primeiro jogo da equipe no Grupo C da competição. Depois, enfrentará Japão (28) e Espanha (31).

Classificam-se para as quartas de final as duas seleções mais bem pontuadas de cada grupo e as duas melhores terceiras colocadas. São 12 equipes na disputa, várias delas com histórico destacado no futebol feminino, como Estados Unidos, Alemanha, Canadá e dois adversários diretos do Brasil na primeira fase: Japão e Espanha – a atual campeã mundial da modalidade.

Há dez meses na Seleção, o técnico Arthur Elias mantém o otimismo a partir do intenso trabalho feito com a equipe e que começou antes mesmo da apresentação das atletas em Teresópolis (RJ), no início deste mês. Sob a coordenação de Cris Gambaré, referência em gestão de futebol feminino na América do Sul, a Seleção formou uma comissão técnica acostumada com grandes vitórias e conquistas por clubes brasileiros.

Para Arthur, o Brasil faz parte da lista “das sete ou oito” candidatas ao pódio. Ele reiterou que estará perfilado nesta quinta no Estádio de Bordeaux com a “expectativa em alta”, ciente de que tem em mãos um grupo de atletas de bastante qualidade.

“Vai ser uma Olimpíada pautada pelo equilíbrio, com grandes seleções em condições de avançar até a última rodada. No caso da Seleção Brasileira, trabalhamos muito a ideia do passo a passo, jogo a jogo. Estudamos detalhadamente nossos adversários e estamos preparados.”

Num time que mescla juventude com experiência, Marta é o nome mais lembrado por razões óbvias. Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, ela disputará sua sexta olimpíada. Ganhou a prata em 2004 e 2008 e fez gols nas últimas cinco edições dos Jogos.

A atacante foi convocada por causa da excelente temporada no Orlando Pride e dos amistosos recentes da Seleção, em que teve rendimento muito bom, física e tecnicamente.

Preparação

Desde os treinos em Teresópolis, Arthur vem pondo em ação planos de jogo diferentes para cada um dos compromissos do Brasil na primeira fase. O espaço é curto entre uma partida e outra, apenas de três dias. Testou várias formações tanto na defesa quanto no meio e no ataque. Ele não gosta de trabalhar com o conceito de titulares.

A escalação da equipe só será divulgada momentos antes da partida e vai ser assim até a último jogo do Brasil nas Olimpíadas.

Histórico

O Brasil fez duas campanhas de destaque no futebol feminino olímpico. Exatamente em 2004 e 2008, quando obteve a prata. Depois disso, em 2012, 2016 e 2021, avançou bem da primeira fase, mas foi nulo no ataque no mata-mata. Isso tem relação direta com o fato de o técnico ter convocado sete atacantes para os Jogos.

Tanto em Teresópolis quanto em Bordeaux, a Seleção treinou várias opções de ataque, o que reforça a ideia do treinador de que comanda um grupo em que todas têm condições de ser escaladas a qualquer momento.

Fonte: CBF

Foto: Ricardo Stuckert / CBF

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