sexta-feira, 22 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

A Seleção Brasileira de bocha está pronta para sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que começará no próximo dia 29 de agosto. Embalada pelo título mundial inédito conquistado pela pernambucana Andreza Vitória em 2022, a equipe busca uma das melhores campanhas de sua história na competição.

A bocha é uma das modalidades mais vitoriosas para o Brasil nos Jogos Paralímpicos, acumulando 11 pódios ao longo das edições, com seis medalhas de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Apenas atletismo, natação e judô superam a bocha em número de medalhas conquistadas pelo país.

Histórico de Sucessos e Novos Talentos

A melhor campanha do Brasil na bocha ocorreu em Londres 2012, quando a equipe subiu ao pódio quatro vezes, conquistando três ouros e um bronze. Nesta edição de Paris, o objetivo é superar esse recorde e alcançar novos patamares.

Andreza Vitória, uma das revelações das Paralimpíadas Escolares e campeã mundial, chega para sua segunda participação paralímpica com grande expectativa. Ela é fruto de um processo de renovação promovido pela Associação Nacional de Desportos para Deficientes (ANDE). Além dela, outros novos nomes se destacam no cenário nacional e internacional, como o maranhense André Martins, que será o primeiro atleta do projeto Escola Paralímpica a competir em Jogos Paralímpicos. André competirá na classe BC4, destinada a atletas com deficiências severas que não recebem assistência.

Outros novos talentos incluem o potiguar Iuri Tauan e a paraibana Laissa Guerreira, ambos revelados nas Paralimpíadas Escolares e que farão sua estreia nos Jogos Paralímpicos em Paris.

Preparação e Expectativas

O ciclo paralímpico atual, que foi mais curto, de apenas três anos, trouxe mudanças significativas, como a separação por gênero nas competições. Apesar dessas mudanças, a equipe brasileira teve um bom desempenho nas etapas da Copa do Mundo e conseguiu classificar a maioria das vagas para Paris nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. O supervisor técnico da ANDE, Vitor Pereira, expressou otimismo em relação às expectativas para Paris: “Os atletas estão bem animados e confiantes para esta edição dos Jogos.”

O desempenho da equipe nas últimas etapas da Copa do Mundo tem reforçado a confiança dos atletas. Em junho, na etapa realizada no Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo, o cearense Maciel Santos conquistou o ouro na classe BC2. Outras quatro medalhas foram conquistadas: três pratas e um bronze. Na etapa de Póvoa do Varzim, em Portugal, em julho, a Seleção Brasileira obteve ainda mais seis medalhas: quatro ouros, uma prata e um bronze.

Delegação Brasileira em Paris

O Brasil terá 255 atletas com deficiência competindo em Paris 2024, além de 19 atletas-guia e três calheiros de bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo, totalizando 280 competidores. Esta é a maior delegação brasileira já enviada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. A maior equipe nacional antes desta foi em Tóquio 2020, com 259 convocados.

Até hoje, o Brasil acumulou 373 medalhas em Jogos Paralímpicos, e está a 27 medalhas do seu 400º pódio. Em Tóquio 2020, o país teve sua melhor campanha com 72 medalhas, igualando o resultado dos Jogos do Rio 2016. O objetivo em Paris 2024 é superar esses resultados e alcançar novas conquistas.

Fonte e foto: Comitê Paralímpico do Brasil

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