O Vale do Aço está enfrentando um dos períodos mais críticos de seca dos últimos anos, com 144 dias sem registro de chuvas. Desde a última precipitação, em abril, a região convive com altas temperaturas, que variam entre 18°C e 35°C, além de umidade relativa do ar extremamente baixa, em torno de 20%.
As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que não há expectativa de chuvas pelo menos até o dia 24 de setembro, o que pode elevar o período de estiagem para 159 dias, colocando esta seca entre as mais severas já registradas.
A prolongada ausência de chuvas tem agravado as condições ambientais no Vale do Aço, onde diversos pontos de queimadas já foram identificados. As queimadas, que se espalham rapidamente devido à vegetação seca e ao calor intenso, estão causando danos ambientais significativos e piorando a qualidade do ar na região, colocando em risco a saúde da população, especialmente de crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Além das queimadas, a baixa umidade do ar tem afetado diretamente o bem-estar da população. O nível de umidade está muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera ideal uma faixa entre 50% e 60%. Com índices tão baixos, há um aumento nos casos de problemas respiratórios, irritações nos olhos e na pele, além de um maior risco de desidratação.
As autoridades recomendam que a população adote medidas preventivas para minimizar os impactos da seca. É essencial aumentar a ingestão de líquidos, utilizar umidificadores de ar em casa, evitar atividades físicas nos horários mais quentes do dia e proteger a pele e os olhos com hidratantes e colírios. Além disso, a Defesa Civil alerta para o risco de incêndios e pede que todos colaborem, evitando o uso de fogo em áreas de vegetação.
Enquanto a população do Vale do Aço aguarda por chuvas, que podem demorar a chegar, a conscientização e a adoção de práticas seguras são fundamentais para reduzir os impactos da seca e das queimadas, que afetam tanto o meio ambiente quanto a saúde pública.
Fonte e foto: Portal Minas