A Secretaria de Saúde de Rondônia divulgou nota no dia 02 de setembro, orientando núcleos hospitalares de epidemiologia do estado sobre o fluxo e os cuidados necessários ao encaminhamento de amostras para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos de Dengue, Chikungunya, Zika, Oropouche e Mayaro.
A intensificação nas ações de vigilância, segundo a pasta, se dá após a confirmação de duas mortes por Oropouche na Bahia – as primeiras na literatura científica mundial sobre a doença. As duas vítimas são mulheres com menos de 30 anos e sem comorbidades.
“A doença [febre do Oropouche] produz um quadro semelhante ao da Dengue e Chikungunya”, destacou a secretaria, ao avaliar como fundamental a adoção de uma postura de maior atenção a pessoas que apresentam sinais e sintomas sugestivos de arboviroses.
A pasta ressalta ainda “necessidade da correta manipulação das amostras de sangue” a serem enviadas ao Laboratório Central de Rondônia (Lacen-RO).
Cuidados
De acordo com a nota, os sintomas da febre do Oropouche têm início súbito e incluem febre, dor de cabeça, artralgia e mialgia (dor nas articulações e nos músculos), calafrios, além de, eventualmente, náuseas e vômitos persistentes de cinco a sete dias. O período de incubação da doença é de aproximadamente quatro a oito dias.
“O tempo oportuno da coleta de sangue é até o quinto dia do início dos sintomas e segue o protocolo de diagnóstico das arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya)”, reforçou a pasta.
No ciclo urbano, o homem é considerado hospedeiro principal do Oropouche, enquanto o principal vetor é o Culicoides paraenses, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. “Por sua semelhança clínica com outras arboviroses, o tratamento a ser seguido é o protocolo de manejo clínico da dengue, preconizado pelo Ministério da Saúde, uma vez que não há vacina e tratamento específicos disponíveis até o momento”.
Fonte: Agência Brasil