sexta-feira, 22 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Você sabia que a água que chega até sua residência é monitorada? Esse monitoramento é feito pelo VigiAgua, um Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano que tem como objetivo analisar a água do prestador do serviço para garantir que a água que chega até a sua casa seja de qualidade e quantidade suficiente.

No encontro epidemiológico realizado na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas, no dia 27/9, foram abordados vários temas relacionados ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica, dentre eles, o VigiÁgua, VigiMinas, VigiAr, VigiDesastre, novas resoluções sobre arboviroses (dengue, zika, chikungunya, oropouche e febre amarela) e vírus respiratório (Resolução nº 9.678). Na oportunidade, 20 representantes dos setores de epidemiologia dos municípios da área de abrangência da regional de saúde estiveram presentes e fizeram contribuições nos processos de trabalho.

A referência técnica do Programa VigiAgua na SRS Patos de Minas, Fabiana Maria Andrade Britto, abordou os indicadores estaduais do programa e frisou sobre os pontos de coleta da água, meio essencial para execução do programa.

“Temos que ampliar a cobertura em toda fonte de água diferente, tem que ter ponto de coleta na zona rural também, condomínios fechados, entre outros e realizar educação permanente em residências com poços artesianos”, ressaltou.

O prestador do fornecimento de água à população é o responsável pela qualidade da água e quantidade suficiente para toda população e também deve ser fiscalizado periodicamente, afinal “a contaminação da água pode acontecer também dentro das instalações do prestador”, como destaca a referência técnica. Caso sejam constatadas irregularidades, o prestador deve ser notificado para que seja solucionado o problema de contaminação.

Ainda sobre os pontos de coleta, o município de Patos de Minas, o mais populoso da macrorregião noroeste, com cerca de 160 mil habitantes, é dividido em 11 áreas de endemias com 24 pontos de coleta de água, segundo Geize Marques, coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental do município de Patos de Minas. Geize Marques sugeriu aos colegas de epidemiologia colocar os Agentes de Combate às Endemias (ACEs), que também são agentes ambientais, para fazerem a coleta e otimizarem os processos de trabalho dentro de cada município, como já ocorre em Patos de Minas. “Utilizamos a mão de obra do Agente de Combate a Endemias para fazer a coleta em Patos de Minas, e eles auxiliam o biólogo a mapear os pontos de atenção, afinal, são eles que conhecem as particularidades de cada região. Eles sabem exatamente os pontos de maior atenção de interesse coletivo como escolas, creches, restaurantes, farmácias etc” finaliza Geize Marques.

Processo de análise da água coletada

A SRS Patos de Minas possui 21 municípios em sua área de abrangência e somente o município de Patos de Minas faz a análise própria da água coletada. Já os outros 20 municípios, devem apresentar suas amostras no laboratório da SRS Patos de Minas antes das 24 horas de coleta, para serem realizadas as análises mensais pelo técnico.

Como são muitos municípios, e para otimizar o tempo, a unidade regional possui um cronograma de entregas de materiais por município. As análises são feitas em laboratório próprio e são analisados três parâmetros, sendo dois microbiológicos para identificação de coliformes totais e escherichia coli e outro chamado de organoléptico, que é a turbidez (quantidade de partículas suspensas presentes na água).

Os microbiológicos coliformes totais podem indicar presença de bactérias potencialmente patogênicas (organismos que podem causar doenças em seus hospedeiros, como bactérias, fungos, protozoários e vírus), mas não necessariamente a água pode estar comprometida.

Já a presença de Escherichia coli (E. Coli) é um indicativo de contaminação fecal. E, por fim, o organoléptico é um teste que avalia as características e qualidade da água.

Após análise do conteúdo, o resultado é inserido por ponto de coleta do município no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL). O município deve validar cada ponto de coleta no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA).

Quando o resultado da amostra de água dá positivo, a técnica de laboratório da SRS Patos de Minas, Roberta Cristine Santos, salienta que o “município deve fazer a inspeção do prestador e monitorar o local analisado”, pois esse ponto pode causar doenças gastrointestinais em geral no ser humano.

Fonte e foto: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Compartilhe:
Exit mobile version