A Receita Federal em Varginha teve um ano de grandes apreensões em 2024, com mais de R$21,7 milhões em mercadorias ilegais sendo confiscadas, um aumento de 36% em relação ao ano anterior, quando o valor das apreensões foi de R$15,9 milhões. Os itens apreendidos incluem cigarros, bebidas alcoólicas, eletrônicos, produtos de informática, relógios, pneus, calçados e acessórios. Desses, 51% eram relacionados a cigarros e bebidas alcoólicas, contrabandeados ou importados irregularmente.
O trabalho realizado pela Receita Federal em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) tem como objetivo combater o contrabando e a importação irregular de produtos, práticas que prejudicam os consumidores e geram uma concorrência desleal. A atuação da Receita Federal visa garantir empregos formais, defender a sociedade e criar um ambiente de negócios mais justo no Brasil.
O delegado da Receita Federal em Varginha, auditor-fiscal Eduardo Antônio Costa, destacou que a sonegação de impostos e a entrada irregular de produtos no país afetam diretamente os consumidores e o mercado. “A atuação da Receita Federal garante a manutenção de empregos formais, a defesa da sociedade e um ambiente de negócios mais justo no Brasil”, afirmou.
Destinação Sustentável: Receita Cidadã
Além das apreensões, a Receita Federal em Varginha também se destacou em ações de destinação sustentável por meio do programa Receita Cidadã, que visa contribuir com a gestão ambiental, ecoeficiência e responsabilidade social. Em 2024, R$25,6 milhões em mercadorias foram destinadas e leiloadas, revertendo recursos para beneficiar a população. Esses itens foram enviados para outros órgãos públicos e entidades sem fins lucrativos, e o restante foi leiloado conforme prevê a legislação.
Entre as mercadorias que não puderam ser doadas, a Receita Federal adotou um processo de transformação para minimizar os impactos ambientais. Diversas parcerias com instituições de ensino permitiram transformar as mercadorias em produtos úteis. Por exemplo, bebidas alcoólicas foram convertidas em álcool em gel, tabaco de cigarros foi transformado em adubo orgânico, itens de vestuário foram reaproveitados para doação, e aparelhos de TV box foram transformados em minicomputadores.
Em 2024, os resultados dessas ações sustentáveis foram impressionantes:
55 toneladas de tabaco foram transformadas em adubo
48 toneladas de cigarros também se tornaram adubo
32,1 toneladas de embalagens de cigarros foram recicladas
14,2 toneladas de tênis e chinelos contrafeitos foram descaracterizados e doados para vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul
1.295 aparelhos de TV box foram transformados em minicomputadores
Todo o material produzido foi doado a prefeituras, escolas públicas, hospitais, entidades beneficentes, forças de segurança, corpos de bombeiros e associações comunitárias em todo o estado.
O delegado da Receita Federal no Sul de Minas ressaltou que a destinação sustentável “é uma forma de recuperar os valores dos impostos sonegados para benefício da população, melhorando os serviços prestados. Em muitos casos, a população vulnerável é diretamente beneficiada.”
Essas ações da Receita Federal não apenas ajudam no combate ao crime organizado, mas também geram um impacto positivo para a sociedade, promovendo o reaproveitamento de recursos e a melhoria de serviços essenciais para a população.
Fonte e foto: Receita Federal