quinta-feira, 21 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Um evento realizado nessa sexta-feira (23) marcou a adesão formal dos países da América Latina e do Caribe à Rede de Alimentação Escolar Sustentável, a RAES. O encontro foi realizado virtualmente e contou com a presença de representantes de 23 nações da região, além do corpo diplomático desses países, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

A RAES foi criada em 2018 pelo governo do Brasil, por meio do FNDE e ABC, do Itamaraty, com secretaria-executiva da FAO. A adesão formal à RAES deve acontecer nos próximos meses, fortalecendo o movimento por políticas públicas de alimentação escolar sustentável na região.

A RAES busca fortalecer e consolidar os programas de alimentação escolar na América Latina e no Caribe com base na construção conjunta de estratégias adequadas e adaptadas aos desafios dos países, tendo como princípio o direito humano à alimentação adequada.

Desde a sua implementação, pelo menos 26 países da América Latina e do Caribe participam das iniciativas da RAES, contribuindo para o combate à fome, a redução da pobreza e para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Durante esses anos, a RAES vem fortalecendo a alimentação escolar a nível regional, o que apoia a governança dos programas em território nacional.

Importância da alimentação escolar

Os programas de alimentação escolar desempenham um papel de protagonismo, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes. Na América Latina e no Caribe, cerca de 85 milhões de crianças e jovens são beneficiados com essa importante política pública, principalmente aqueles em situação de vulnerabilidade social. No entanto, há cerca de 170 milhões de estudantes na região, e a expansão da cobertura do atendimento visando à universalidade é um grande desafio.

Dados recentes das Nações Unidas apontam que 41 milhões de pessoas estão em situação de subalimentação na região, o que eleva a importância desses programas. Além de oferecer alimentos adequados nas escolas, também possibilitam o apoio ao desenvolvimento local através das compras públicas de alimentos da agricultura familiar e a promovem a formação de hábitos alimentares saudáveis com ações de educação alimentar e nutricional.

A adesão dos países à RAES busca fortalecer coletivamente os programas de alimentação escolar para mitigar problemas e desafios atuais, principalmente em um contexto de movimentos internacionais como a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada em julho de 2024 pelo Governo do Brasil no âmbito do G20.

Fonte: Agência Brasileira de Cooperação e FAO

Foto: Reprodução / ABC

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