A trágica morte do cantor Agnaldo Rayol, de 86 anos, na segunda-feira (4), após sofrer uma queda dentro de seu banheiro, reacende um importante alerta sobre a segurança dos idosos em suas próprias casas. Segundo sua assessoria, o cantor sofreu um corte grave na cabeça após o acidente, que levou ao falecimento. Este episódio destaca um problema comum e frequentemente subestimado, mas extremamente perigoso para a população idosa: as quedas.
O Risco das quedas para idosos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de idosos. A expectativa de vida no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 77 anos em 2021. Com o aumento da longevidade, as quedas entre os idosos se tornaram um dos maiores problemas de saúde pública, sendo uma das principais causas de hospitalizações, fraturas e até mortes.
Dados apontam que, a cada ano, milhões de idosos ao redor do mundo caem e muitos não se recuperam completamente. Além das fraturas e lesões, as quedas também podem ter um impacto psicológico duradouro, levando a um aumento do medo de cair novamente, o que pode levar a uma diminuição da atividade física e, por consequência, ao aumento da fragilidade.
Principais riscos de quedas para idosos
Os idosos são mais propensos a quedas devido a uma série de fatores, como:
Diminuição da Mobilidade e Força Muscular: Com o envelhecimento, muitos idosos perdem força nas pernas e equilíbrio, o que aumenta o risco de quedas.
Problemas de Visão: A visão também se deteriora com o tempo, dificultando a percepção de obstáculos no caminho.
Uso de Medicamentos: Alguns medicamentos podem causar efeitos colaterais, como tontura ou sonolência, o que também eleva o risco de quedas.
Doenças e Condições de Saúde: Doenças como artrite, Parkinson, diabetes e doenças cardíacas podem afetar a mobilidade e aumentar o risco de quedas.
Como prevenir quedas em idosos?
Embora o envelhecimento traga desafios, a boa notícia é que muitas quedas podem ser prevenidas com algumas medidas simples em casa e no dia a dia.
Iluminação Adequada: Certifique-se de que a casa tenha iluminação suficiente, especialmente em corredores e escadas. Luzes noturnas no quarto e no banheiro podem evitar tropeços à noite.
Elimine Obstáculos: Remova tapetes soltos, fios e outros objetos que possam causar tropeços. Certifique-se de que móveis e objetos no caminho não obstruem a passagem.
Banheiros Seguros: Instale barras de apoio no banheiro, especialmente perto da toalha, chuveiro e vaso sanitário. Além disso, pisos antiderrapantes são recomendados para evitar escorregões.
Corrimões nas Escadas: Para quem mora em casas com escadas, certifique-se de que os corrimões estão firmes e em boas condições.
Exercícios Físicos: A prática de atividades físicas é fundamental para manter a força muscular e o equilíbrio. Exercícios como caminhada, alongamento, yoga ou pilates ajudam a melhorar a flexibilidade, equilíbrio e coordenação motora.
Avaliação Médica Regular: Consultar um médico regularmente é essencial para monitorar a saúde do idoso. Avaliações de visão, audição e coordenação podem identificar problemas que aumentam o risco de quedas. A revisão dos medicamentos também é importante, para ajustar doses ou trocar medicações que possam causar tontura.
Uso de Calçados Adequados: Evitar chinelos e calçados escorregadios é fundamental. O ideal é que os idosos usem sapatos confortáveis e com solado antiderrapante, que proporcionem estabilidade.
Adaptações no Ambiente: Se possível, faça adaptações no ambiente doméstico para facilitar a locomoção, como mover objetos frequentemente utilizados para um alcance mais fácil e confortável.
Fonte e foto: Redes Sociais