Cento e dez leitos de UTI, mais de 400 leitos clínicos/cirúrgicos, cerca de 60 consultórios, 13 salas de cirurgia, mais de 200 mil consultas especializadas e 30 mil internações por ano. Esses são os dados preliminares apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas Gerais em relação à construção do Complexo de Saúde Hospital Padre Eustáquio (Hope). O projeto, que prevê a construção do complexo hospitalar por meio de uma Parceria Público Privada (PPP), foi apresentado nessa quarta-feira, 15, ao procurador-geral de Justiça Paulo de Tarso Morais Filho.
Além de contar com o apoio do MPMG na construção do Hope, a reunião serviu ainda para fortalecer a parceria entre as instituições em prol de ações que possam gerar transformações significativas para a sociedade na área da saúde.
O novo complexo de saúde, que tem a pretensão de ser o mais moderno do Brasil, fornecerá atendimento gratuito para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme a Secretaria, o Hope será construído em Belo Horizonte, no local do antigo Hospital Galba Velloso. A escolha do lugar levou em consideração a proximidade com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Dedicado à realização de vigilância laboratorial, no âmbito epidemiológico, sanitário e ambiental, há previsão de modernização do Lacen.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti Vitor, em janeiro do ano passado foram iniciados os estudos (fase de diagnóstico e modelagem). Para este ano estão previstas uma audiência pública, ajustes na modelagem (considerando as contribuições recebidas e os processos de aprovação), publicação do edital e assinatura do contrato. A previsão é que o Hope seja inaugurado em 2029.
O investimento, de acordo com a SES, gira em torno de R$ 2,3 bilhões para construção, manutenção da infraestrutural predial e equipagem. Ainda serão necessários outros R$ 3 bilhões para serviços de operação do complexo para manutenção de equipamentos, alimentação, rouparia entre outros.
Sobre a PPP, Fábio Baccheretti explica que o Estado de Minas Gerais permanecerá com os serviços essenciais: atendimento de saúde para média e alta complexidade, internações clínicas e cirúrgicas, consultas e acompanhamento médico especializado, atividades laboratoriais, análise de vigilância sanitária e atividades de ensino e pesquisa.
Além do procurador-geral de Justiça e do secretário de Estado de Saúde, participaram da reunião o procurador-geral de Justiça Adjunto Institucional, Hugo Barros de Moura Lima; coordenador do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (Nupia), promotor de Justiça renato Froes Alves Ferreira; advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa de Paula Castro; secretário-geral do Estado de Minas Gerais, Marcelo Dornas Beghini; secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros de Souza; e controlador-geral do Estado de Minas Gerais, Rodrigo Fontenelle de Araújo Miranda.
Fonte e foto: Ministério Público de Minas Gerais