A professora Eliana Demarques criou a Biblioteca Interativa da Educação Financeira e Inclusiva (Biei), na Escola Estadual Helena Guerra, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, conciliando temas contemporâneos e transversais para a formação integral do estudante, especialmente em relação ao letramento financeiro.
A partir da Biei, a professora desenvolveu o projeto Educação Financeira, Fiscal e Ambiental para a Cidadania Global, implementado no Plano de Recomposição das Aprendizagens (PRA), como atividade nas aulas de Reforço Escolar, em várias escolas prioritárias da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana B, da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG). O projeto é finalista do Prêmio Nacional de Educação Fiscal, na categoria Tecnologia.
“Nas atividades, considera-se a motivação como principal fator crítico de sucesso na alfabetização matemática e no letramento financeiro, multiplicando a cultura do empreendedorismo nas escolas. Com isso, promovemos uma aprendizagem criativa, significativa e colaborativa”, ressalta Eliana Demarques, que acredita que a ação poderá ser expandida para toda rede estadual de ensino. Ela também pretende avançar na qualidade do material didático em libras e transcritos em braille.
Expansão da Educação Financeira na Rede Estadual
O desafio de ensinar os estudantes da rede estadual de ensino sobre mercado financeiro, o uso correto do dinheiro e a aplicabilidade da moeda, vai além dos números da disciplina de matemática e da eletiva de educação financeira, componente curricular do Novo Ensino Médio.
A partir de 2025, a Educação Financeira será oficialmente um componente curricular obrigatório para as turmas do 2º e 3º anos do Ensino Médio noturno. A medida visa ampliar o alcance da disciplina que, desde 2024, já é oferecida como eletiva em escolas estaduais de Minas Gerais. O objetivo é capacitar os estudantes para lidar de forma consciente com questões financeiras cotidianas.
“A inclusão da Educação Financeira como disciplina obrigatória para o noturno reflete nosso compromisso em formar cidadãos economicamente preparados, capazes de tomar decisões financeiras responsáveis e sustentáveis”, afirmou Vanessa Nicoletti, diretora de Ensino Médio da SEE/MG.
Em 2024, a disciplina contemplou 142 mil estudantes do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em aproximadamente 5 mil turmas.
Sobre o Prêmio Nacional de Educação Fiscal
Desde 2012, a Associação Nacional das Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) realiza o Prêmio Nacional de Educação Fiscal, que busca valorizar projetos que atuem com a temática. Nesta edição, a premiação recebeu 248 inscrições nas quatro categorias: escolas, instituições, imprensa e tecnologia. Foram inscritos projetos de 24 estados do país.
A iniciativa já impactou mais de 15 mil estudantes e distribuiu mais de R$ 500 mil, em premiações, a projetos que trabalham com a função social dos tributos, a qualidade do gasto público e o acompanhamento do retorno dos impostos para a sociedade. A entrega da premiação deste ano ocorrerá nesta quarta-feira (04), em Brasília (DF).
Fonte: Agência Minas
Foto: SEE/MG