O Campo Rupestre, uma vegetação que cobre os topos das Serras do Ouro Branco e o Monumento Natural de Itatiaia, foi por muito tempo negligenciado pela ciência. Contudo, nos últimos anos, esse ecossistema único tem atraído a atenção de pesquisadores, que agora buscam elevá-lo à categoria de bioma devido à sua importância ecológica e à rica diversidade de espécies que abriga.
Em Ouro Branco, um projeto de grande relevância está em andamento, com o objetivo de preservar e promover o Campo Rupestre. A Prefeitura de Ouro Branco, em parceria com o IFMG Campus Ouro Branco e a UFV Campus Florestal, através do Convênio nº 05/2024/OB, está desenvolvendo um trabalho científico focado na reprodução das espécies dessa vegetação, além de ações voltadas para a recuperação de áreas degradadas. A Unidade de Pesquisa da Flora Local, recentemente inaugurada no município, é o centro das atividades de estudo e reprodução das espécies nativas do Campo Rupestre.
Este projeto piloto, que está em fase inicial, combina a reprodução das espécies com o plantio em áreas que sofreram degradação ambiental. O viveiro municipal, essencial para o sucesso dessa iniciativa, oferece as condições ideais para cultivar e propagar as plantas nativas, com o objetivo de restaurar a vegetação e recuperar ecossistemas prejudicados. As pesquisas realizadas também buscam entender melhor as condições ideais para o cultivo e a preservação dessas espécies, além de contribuir com novos conhecimentos para a ciência e a conservação ambiental.
O Núcleo de Inteligência Ambiental (NIA), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, também está envolvido diretamente na execução do projeto, oferecendo suporte técnico e científico para garantir o sucesso das ações. A participação das universidades, juntamente com o apoio da Prefeitura, é um exemplo claro de como a cooperação entre instituições públicas e acadêmicas pode gerar impactos positivos para a preservação ambiental.
Com as informações e foto da Prefeitura de Ouro Branco