MPMG destinou cerca de R$ 10 milhões de medidas compensatórias para financiar a obra.
A primeira fase do projeto que visa a preservação e o restauro do Palácio da Liberdade, antiga sede do Governo de Minas Gerais, está concluída e uma cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira, 22 de julho, marcou as primeiras entregas. O evento realizado em Belo Horizonte e denominado Ekos da Liberdade, ocorreu no imóvel que é tombado pelo Estado de Minas Gerais desde 1975. O projeto foi contemplado dentro do Programa Minas para Sempre, que promove a recuperação de bens integrantes do patrimônio cultural no estado, por meio da Plataforma Semente, iniciativa do MPMG em parceria com o Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais (CeMais).
As diversas ações de restauração, iniciadas em setembro do ano passado, incluíram, nesta primeira fase, a revitalização das cantarias e pinturas das partes externas e internas das fachadas. Como forma de manter as características originais e possibilitar o melhor uso e fruição do bem cultural, foi realizada a recomposição artística de forros, molduras e piso em tacaria do Quarto do Governador e do Quarto da Rainha. A lista de ações de restauro incluirá ainda a iluminação cênica do Palácio da Liberdade, recuperação da cozinha, adequação à acessibilidade dos caminhos e deslocamentos para visitação; restauro de corrimãos, rodapés, portais e esquadrias danificadas, entre outras.
Os trabalhos são acompanhados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e também por um comitê de avaliação. O grupo é formado por representantes do Governo do Estado, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), município de Belo Horizonte e o Instituto Biapó, responsável pelas obras. O comitê pode, ainda, convidar representantes de outras instituições, sejam elas públicas ou privadas. A execução é da empresa Matias Restauração e Projetos.
Participaram da cerimônia o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira; o corregedor-geral do MPMG, Marco Antônio Lopes de Almeida; a ouvidora do MPMG, Nádia Estela Ferreira Mateus; o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto; o presidente do Iepha, João Paulo Martins; a diretora-presidente do CeMais, Marcela Giovana; e o coordenador-geral do projeto, pelo Instituto Biapó, Sylvio Faria.
Antiga residência do governador de MG
O Palácio da Liberdade foi concebido como residência oficial e sede do governo estadual no projeto da Nova Capital de Minas Gerais. O projeto do arquiteto José de Magalhães teve a pedra fundamental lançada em sete de setembro de 1895 e o início das obras foi em 25 de novembro daquele ano. O palácio está localizado na Praça da Liberdade e tornou-se referência como centro do poder estadual, vindo a abrigar algumas das secretarias da administração pública.
O tombamento estadual do imóvel e todo o seu conjunto foi aprovado em 1975, sendo inscrito nos Livros do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, Tombo de Belas Artes e Tombo Histórico, das obras de Artes Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos. Estão incluídos no tombamento o edifício, fachadas e áreas internas, elementos decorativos, jardins com fonte, esculturas, orquidário, quiosque e demais bens de valor artístico e histórico.
Este ano cerca de 150 mil pessoas já visitaram o Palácio da Liberdade, principal equipamento do Circuito Liberdade.
Fonte: Ministério Público de Minas Gerais
Fotos: Eric Bezerra – MPMG