Na busca pela preservação de seu patrimônio histórico, a Prefeitura de Ouro Preto, em parceria com a Herculano Mineração e o Grupo J. Mendes, está promovendo a restauração do Terminal Ferroviário de Engenheiro Corrêa. A ação, realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem como objetivo transformar o espaço em um centro de convivência e cultura, resgatando a importância histórica do local e proporcionando à população um ambiente de lazer e aprendizado.
A gestora da obra é a empresa Holofote, que foi responsável pela captação dos recursos necessários para a execução do projeto. Desde o início das intervenções, em novembro de 2024, uma série de medidas estruturais foram adotadas para garantir a preservação do prédio. Entre as primeiras ações estão a cobertura provisória e o escoramento das paredes, fundamentais para assegurar a estabilidade da construção durante o processo de restauração.
Conforme o arquiteto Bruno Ferreira, um dos responsáveis pela obra, o reforço estrutural da fundação está em andamento. “O escoramento das paredes é essencial no processo de escavação para o reforço estrutural. O próprio ato de escavar já pode causar abalos na estrutura. Então estamos garantindo a integridade do prédio”, explica Ferreira. Esse tipo de intervenção é crucial, visto que a estação ferroviária, com quase 130 anos de existência, sofreu ao longo dos anos o desgaste causado pelo tempo e pela falta de manutenção.
O projeto de restauração foi elaborado pela Prefeitura de Ouro Preto por meio do Fundo Municipal de Preservação. De acordo com Wanderson Gomes, gerente de Cultura do município, o objetivo é realizar uma reestruturação completa do Terminal Ferroviário, preservando sua arquitetura original enquanto incorpora novos elementos. “Estão sendo realizadas as obras de reestruturação e recuperação, com a inserção de novas estruturas no edifício. O próximo passo será a construção e instalação de um novo telhado”, conclui Gomes.
Terminal Ferroviário
O Terminal Ferroviário de Engenheiro Corrêa tem uma história rica, com sua construção iniciada em 1855 e concluída em 1896, quase 130 anos atrás. Fazia parte de um projeto grandioso, a Estrada de Ferro D. Pedro II, que visava conectar o Rio de Janeiro a Belém do Pará, facilitando o transporte de pessoas e mercadorias ao longo do país. Esse empreendimento de infraestrutura teve um papel crucial na integração das regiões do Brasil, especialmente no contexto de expansão e modernização do transporte ferroviário. Após a Proclamação da República, a Estrada de Ferro D. Pedro II foi transformada na Estrada de Ferro Central do Brasil, e sua malha ferroviária continuou se expandindo por décadas. Contudo, a estação foi desativada em 1997 devido à falta de investimentos no setor ferroviário.
Com as Informações da Prefeitura de Ouro Preto
Fotos: Ane Souza