Na quarta-feira, 4 de setembro, Gabriel Paixão Ribas, pregoeiro público e secretário extraordinário da Cidade Ocidental, em Goiás, foi preso pela Polícia Federal (PF). A prisão é resultado de investigações que revelaram uma vasta rede de fraudes em licitações, envolvendo um total de R$ 65 milhões.
A operação, batizada de Operação Ypervoli, foi deflagrada pela PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). As investigações descobriram múltiplos indícios de fraude em processos de concorrência pública conduzidos por Gabriel Paixão Ribas. Segundo os relatos, o pregoeiro não dava a devida publicidade aos editais de licitação, facilitando manipulações e favorecimentos ilícitos.
A quadrilha envolvida atuava principalmente em cidades do Entorno do Distrito Federal, com Gabriel Paixão Ribas desempenhando um papel central na organização criminosa. Os crimes identificados incluem fraude à licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
Um dos casos mais emblemáticos das investigações revelou que o prefeito da Cidade Ocidental, Fábio Corrêa (PP), contratou o hospital da própria família através de processos fraudulentos. A contratação permitiu que a empresa vinculada aos parentes do prefeito recebesse ao menos R$ 4,4 milhões em verbas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS), sem a devida concorrência com outros estabelecimentos aptos a prestar os mesmos serviços.
A prisão de Gabriel Paixão Ribas e a revelação das fraudes levantam sérias preocupações sobre a integridade dos processos de licitação na Cidade Ocidental. O caso sublinha a necessidade urgente de uma fiscalização mais rigorosa e de práticas transparentes no gerenciamento de recursos públicos.
Fonte e foto: PF