O prefeito reeleito de Santa Quitéria (CE), José Braga Barrozo (PSB), mais conhecido como Braguinha, foi preso na tarde desta quarta-feira (1º) pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Ceará, pouco antes de ser empossado para seu segundo mandato. A prisão aconteceu no contexto de uma investigação sobre seu suposto envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho, que, de acordo com as autoridades, teria atuado para apoiar sua candidatura nas eleições municipais de 2024.
Segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), Braguinha foi favorecido por membros do grupo criminoso, que, durante o processo eleitoral, teriam ameaçado e coagido eleitores do seu adversário Tomás Figueiredo (MDB) e realizado outras ações para prejudicar a candidatura do opositor. A investigação aponta para uma tentativa de manipulação do resultado eleitoral, com o uso de intimidação e violência contra a oposição.
Após a prisão de Braguinha, a Câmara de Vereadores de Santa Quitéria se reuniu para eleger a nova Mesa Diretora. Com 7 votos a 6, o vereador Joel Barroso foi escolhido para presidir a Câmara. Joel, que é filho de Braguinha, assumiu imediatamente o cargo de prefeito interino, garantindo a continuidade da administração municipal enquanto a situação jurídica do pai é resolvida.
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) expediu o mandado de prisão de Braguinha, que foi cumprido no momento em que os vereadores se preparavam para formalizar a posse do novo prefeito. A ação policial ocorre em um cenário de alta tensão política na cidade, com a mudança de liderança e as investigações em curso.
Além de Braguinha, o vice-prefeito eleito, Francisco Gardel Mesquita Ribeiro (PSB), também é alvo de investigações por suposto envolvimento com facções criminosas, mas não foi preso. No entanto, Gardel Padeiro foi impedido de tomar posse devido à gravidade das suspeitas envolvendo sua nomeação.
Com as informações da Polícia Civil do Ceará
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