sábado, 19 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que apurou irregularidades no modo de atuação de um centro terapêutico localizado na zona rural de Machado, no Sul do estado.
Em decorrência das investigações, realizadas em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), 19 funcionários da clínica foram indiciados pelos crimes de tortura, maus-tratos, sequestro e organização criminosa. O médico, o proprietário, e cinco gerentes foram indiciados, também, por tráfico de drogas.
Seis pessoas foram presas até o momento: cinco em flagrante, e uma por mandado de prisão preventiva. Ao todo, 27 vítimas foram resgatadas do estabelecimento. Durante as buscas, ainda foram apreendidos R$ 80 mil em dinheiro, remédios variados e celulares.
Relembre
Em junho deste ano, a Polícia Civil, em ação conjunta com o Ministério Público e a Vigilância Sanitária, fiscalizou o centro terapêutico, onde constatou diversas irregularidades, nas condições sanitárias do local. Os funcionários da clínica são investigados por manter internos contra a vontade e submetê-los a trabalhos forçados, em situação precária, sem alimentação devida e com aplicação de medicamentos sem autorização das vítimas.
Em conversa com internos do centro, homens com idades entre 19 e 54 anos, eles relataram a internação involuntária e práticas de tortura física e psicológica. Eles, inclusive, mencionaram existir uma sala no local para esses castigos. No cômodo mencionado, os policiais encontraram objetos (entre cinturões com braceletes para imobilização e faixas) que as vítimas apontaram como os utilizados na tortura.
Ainda no local foram encontrados recipientes identificados como drogas e álcool, contendo medicamentos, bem como caixas de remédios controlados sem prescrição médica e blocos de receitas em branco, assinados pelo médico responsável, mas sem indicação da origem.

Fonte e foto: Polícia Civil

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