sábado, 23 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Na segunda-feira (12), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu uma investigação em Brasília de Minas, na região Norte do estado, que resultou no indiciamento de um homem por feminicídio. O caso iniciou-se com uma apuração de violência doméstica ocorrida em 29 de julho deste ano e evoluiu para um crime de feminicídio após a vítima, uma mulher de 46 anos, falecer em 4 de agosto.

Segundo o delegado Flávio Cavalcante, responsável pela investigação, o suspeito, de 40 anos, agrediu brutalmente sua companheira dentro da residência onde ambos viviam. No dia do ataque, por volta das 23 horas, a vítima foi socorrida e apresentava graves lesões na cabeça e no rosto, além de vomitar sangue. Apesar dos esforços médicos, a mulher não sobreviveu às feridas e faleceu seis dias após as agressões.

O inquérito inicial foi instaurado para investigar um caso de violência doméstica e descumprimento de medida protetiva. No entanto, com a morte da vítima, o caso foi reclassificado como homicídio qualificado, na forma de feminicídio. O delegado Cavalcante destacou que as lesões severas e a deterioração física resultante das agressões foram fatores cruciais para o agravamento da situação, culminando em um tromboembolismo pulmonar, conforme indicado no laudo de necropsia.

O suspeito foi preso em um bar em Brasília de Minas no dia 1º de agosto, após um mandado de prisão por descumprimento de medidas protetivas. A investigação revelou que o relacionamento entre o casal era marcado por um histórico de violência doméstica, com brigas frequentes e agressões físicas.

Com base nas provas coletadas, incluindo depoimentos de testemunhas e o laudo médico, o suspeito foi indiciado por feminicídio. O delegado Flávio Cavalcante ressaltou que as evidências indicam que o suspeito agiu com dolo eventual, assumindo o risco de causar a morte da vítima através de suas agressões. A violência foi utilizada como um meio de controle e submissão, caracterizando o crime como motivado pela condição de gênero da vítima.

Fonte e foto: Polícia Civil de Minas Gerais

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