O Instituto de Artes e Design (IAD) da Universidade Federal de Juiz de Fora recebe, nesta segunda-feira, 9, uma roda de conversa com a professora emérita do Departamento de Sociologia da Universidade Católica da América, Sandra Hanson, intitulada: “Raça, identidade e gênero: o papel das Universidades”. A conversa, que acontece a partir das 15h, no Auditório Geraldo Pereira, aborda a pesquisa da docente sobre questões de gênero, raça e experiências universitárias, envolvendo preparação, recrutamento, retenção, ambiente de sala de aula, redes, tratamento por professores, para jovens mulheres e estudantes de minorias nas universidades com o programa STEM.
O evento, gratuito e aberto à toda a comunidade acadêmica, sem necessidade de inscrição prévia, é promovido pelo Laboratório de Antropologia Audiovisual (Lavidoc), em parceria com os programas de pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCSO), e em Artes, Cultura e Linguagens (PPGACL), ambos da UFJF e da Fulbright Brasil. A programação também conta com workshops e minicursos e vai até 14 de dezembro.
Para o professor e coordenador do Laboratório de Antropologia Visual e Documentário, Carlos Reyna, a proposta é de um bate papo mais aberto, onde a plateia está convidada a levar suas próprias questões para enriquecer a troca e permitir um melhor acesso ao conteúdo. “O importante é a troca de experiências e abordagens em pesquisas. Saber de que maneira e quais procedimentos metodológicos e epistemológicos estão sendo realizados em outros países, no caso, na Universidade Católica de América, com sede em Washington.”
Na visão de Reyna, em um país cuja desigualdade social é um elemento presente na estrutura, urge à Universidade, como elemento produtor de conhecimento, elaborar programas, projetos e ações afirmativas que permitam simetria, inserção e redução dos abismos étnico-raciais e de gênero em relação à sociedade.
Quem é Sandra Hanson?
Sandra Hanson é professora Ph.D emérita de Sociologia na Catholic University, em Washington DC, e pesquisadora sobre gênero e igualdade racial na ciência. Autora de vários livros entre eles, “Swimming Against the Tide: African American Girls in Science Education”, onde analisa as experiências de meninas afro-americanas no sistema de educação científica, e “Lost Talent: Women in the Sciences.”, ápice de suas pesquisas, que aborda sobre a perda de jovens talentosas do fluxo científico.
Ela recebeu vários prêmios Fulbright. O primeiro, em 1997, para lecionar e pesquisar na Jagiellonian University, em Cracóvia, Polônia. O segundo envolveu um intercâmbio com a Universidade de Leipzig em 2012. Já em 2018 foi premiada com uma bolsa na Universidade Jagiellonian em Cracóvia, Polônia, e, em 2019, com um cargo de bolsista Fulbright com duração de cinco anos.
Fonte e foto: Universidade Federal de Juiz de Fora