No dia 6 de outubro, Juiz de Fora espera a presença de 390.203 eleitores nas zonas eleitorais para decidir quem assumirá o Poder Executivo a partir de 2025. No entanto, o percentual de abstenção no primeiro turno das eleições anteriores subiu para 43%, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O professor de Ciência Política da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paulo Roberto Figueira Leal, destaca que a descrença no sistema eleitoral e político, a atualização do cadastro de eleitores e o nível de mobilização gerado por cada eleição são fatores que afetam a participação eleitoral.
O professor também apontou os impactos da pandemia de Covid-19 nas eleições de 2020, observando que “muitos eleitores podem ter tido dificuldade de deslocamento e temores com a segurança”.
Leal afirma que uma melhora na confiança da sociedade no sistema político poderia aumentar o comparecimento às urnas
Para o professor, é provável que o número de ausências nas eleições de 2024 seja menor do que em 2020. No entanto, ele alerta para a importância de medidas contínuas de atualização dos cadastros eleitorais e campanhas de conscientização sobre a importância do voto.
Histórico de Abstenção
Em 2016, dos 395.425 eleitores aptos, 79.234 não compareceram às urnas. Já em 2020, dos 410.339 eleitores aptos, 113.993 não votaram. O recorte por faixa etária revela que os eleitores de 21 a 24 anos e de 30 a 34 anos foram os que mais faltaram nas eleições anteriores.
Com as informações do G1
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