Uma das ações centrais do Plano de Ação Territorial para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção Espinhaço Mineiro (PAT Espinhaço Mineiro) é envolver cada vez mais a população no registro de espécies-alvo do projeto. Pensando nisso, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte (FPMZB) lançaram um guia para orientar os cidadãos nessa busca, fortalecendo, assim, os esforços de conservação.
O guia dá o passo-a-passo para que cidadãos comuns contribuam ativamente para os registros de espécies, especialmente as 24 criticamente ameaçadas de extinção que não são contempladas por outros instrumentos de conservação – as chamadas CR Lacunas. Essas espécies são parte importante da biodiversidade na vasta área do Espinhaço Mineiro, que se estende por 105.251 km², abrangendo os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
O documento ensina, por exemplo, a população a utilizar a plataforma iNaturalist. Por meio da funcionalidade, qualquer pessoa pode enviar fotos ou gravações de sons das espécies, juntamente com informações sobre sua localização geográfica. Isso pode ser feito facilmente usando um computador, tablet ou aplicativo de celular.
“Ao se envolver nesta iniciativa, o cidadão estará fortalecendo os esforços de conservação e ajudando a garantir um futuro mais sustentável para a biodiversidade singular da região”, afirma Gabriela Brito, analista ambiental do IEF e coordenadora do PAT em Minas.
O guia é mais uma ação de Ciência Cidadã, uma iniciativa da FMPZB, em parceria com o IEF que reúne cientistas amadores e profissionais em uma colaboração única para a coleta de dados científicos. Para mais informações sobre o projeto e como se juntar à iniciativa, acesse o site do iNaturalist: Biodiversidade do Espinhaço Mineiro.
PAT Espinhaço Mineiro
O PAT Espinhaço Mineiro é parte da Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, no âmbito do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção. O plano abrange uma área de 105.251 km², atravessando os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Ele tem como alvo 24 espécies criticamente ameaçadas que não são contempladas por nenhum instrumento de conservação oficial, e seus efeitos positivos beneficiam outras 1.787 espécies ameaçadas na região.
Fonte: IEF
Foto: Márcio Marcos