Mais um passo foi dado rumo à proteção ambiental no âmbito do Plano de Ação Territorial (PAT) Capixaba-Gerais. Na terça-feira (8/10), por meio do Projeto Pró-espécies, foi realizada a 1ª Oficina de Diagnóstico Rápido Participativo, em Conselheiro Pena, no Vale do Rio Doce. O objetivo foi elaborar o Projeto de Educação Ambiental junto à comunidade local.
A iniciativa pretende conciliar a proteção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Projeto é apoiado em Minas Gerais pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
O evento, conduzido pela Consultoria Visão Ambiental faz parte da ação 5.2, prevista no PAT: “promover programas de educação ambiental”. A oficina contou com a participação da comunidade local como protagonistas do diagnóstico, além de representantes do IEF, da Brigada Municipal de Conselheiro Pena, de representantes do Parque Estadual de Sete Salões, do Instituto Terra e da Prefeitura de Conselheiro Pena.
Durante a oficina, foi elaborado o mapa de pressões antrópicas que podem afetar a fauna e a flora alvo e beneficiada pelo PAT. Após a identificação das pressões sobre o ambiente, os participantes propuseram ações para reverter esse processo. Entre as pressões antrópicas demonstradas no mapa estão o uso do fogo em pastagens; a extração ilegal de madeira; a presença de espécies exóticas e invasoras; atropelamento de animais; retirada de exemplares da flora nativa, como orquídea e bromélias.
As ações propostas para enfrentamento foram a criação de brigadas orgânicas com os produtores; atividades de educação ambiental; apoio à criação de associações e cooperativas; uso de aplicativo de monitoramento; capacitação de produtores rurais quanto ao uso de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e outras práticas sustentáveis; apoio ao turismo ecológico; criação de material informativo como cartilhas e jogos sobre as espécies ameaçadas de extinção.
Para a gestora do Parque Estadual Sete Salões, Aline Gonçalves, ações de envolvimento participativo da comunidade são essenciais para o alcance das metas do projeto, para a proteção da biodiversidade e para a construção de um presente e futuro mais sustentáveis. “É importante caminhar junto aos agentes localizados no território, que compreendem as demandas e enxergam as soluções”, disse.
Ainda de acordo com a gestora, o IEF tem avançado cada vez mais no entendimento da importância de tomada de decisão e no trabalho em conjunto com a comunidade. “A oficina se deu de forma bastante proveitosa, com o engajamento da comunidade local e dos órgãos e empresas parceiras”, frisou.
A servidora Lorena Miranda, do Núcleo de Operações do IEF, disse que ações junto à comunidade são essenciais e favorecem o estreitamento dos laços entre a comunidade e o poder público. “Além disso, ao colocar a comunidade como protagonista, nós instigamos o pertencimento da comunidade na ação e, como consequência, o empenho para o desenvolvimento e execução delas será maior”, argumentou.
Fonte e foto: Instituto Estadual de Florestas