O Parque Estadual do Rio Doce, localizado nas cidades de Marliéria, Dionísio e Timóteo, no Vale do Aço mineiro, celebra neste domingo (14/7) oito décadas desde sua criação, marcando um marco histórico na conservação ambiental em Minas Gerais. Fundado em 14 de julho de 1944, por iniciativa do então arcebispo de Mariana, dom Helvécio Gomes de Oliveira, o parque foi a primeira unidade de conservação do estado e destaca-se por abrigar a maior área contínua de Mata Atlântica preservada em Minas, totalizando 36 mil hectares.
Gerido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Parque do Rio Doce é um verdadeiro santuário de biodiversidade, com árvores centenárias como jequitibá, vinhático e sapucaia, além de uma fauna rica que inclui a emblemática onça pintada. A presença desse felino indica a qualidade ambiental da região, fundamental para sua sobrevivência e reprodução.
A unidade de conservação também é um paraíso para observadores de aves, abrigando metade de todas as espécies registradas em Minas Gerais e sendo lar de várias espécies raras e endêmicas, como os bicudos. Além disso, o parque possui mais de 40 lagoas e é reconhecido internacionalmente como Sítio Ramsar, pela preservação de zonas úmidas vitais para a biodiversidade global.
Para celebrar essa data, o diretor-geral do IEF, Breno Lasmar, destacou a importância do Parque Estadual do Rio Doce como um patrimônio natural que deve ser apreciado e protegido por todos. A visitação ao parque não apenas proporciona lazer e contato com a natureza, mas também conscientiza sobre a necessidade de conservar esses ambientes naturais para as futuras gerações.
Fonte e fotos: Agência Minas.