Os impactos econômicos da pandemia da covid-19 trouxeram desafios significativos para a implementação da Agenda 2030, que estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para os 193 estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). A conclusão é de uma pesquisa conduzida pelo Instituto René Rachou, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Belo Horizonte.
O estudo, que avaliou a evolução de 43 indicadores relacionados às metas de saúde dos ODS, utilizou dados de 185 países. A análise incluiu uma projeção do desempenho desses países para o período de 2021 a 2030, com base em previsões de crescimento econômico antes e depois da pandemia. Os resultados revelaram uma acentuada desigualdade nos impactos da crise global.
Segundo a Fiocruz, “as análises mostraram que os países com rendimentos mais baixos poderão enfrentar um retrocesso de 16% em todos os indicadores avaliados, um declínio significativamente maior do que o estimado para os países de rendimento elevado, que é de 3%”. A nota divulgada pela instituição nesta quarta-feira, 14 de agosto, apresenta as principais conclusões do estudo.
Os pesquisadores destacam que a pandemia aprofundou as desigualdades econômicas, com os países de economia mais robusta se recuperando mais rapidamente das crises e reestruturando suas economias em um período mais curto. Em contraste, as nações de renda mais baixa enfrentam desafios mais severos e prolongados.
A pesquisa foi publicada recentemente na revista Plos One, editada pela Public Library of Science (Plos). A Plos é uma iniciativa dos Estados Unidos dedicada à publicação de artigos científicos com acesso aberto, promovendo a disseminação ampla e gratuita de pesquisas.
Fonte e foto: Agência Brasil