Contagem intensifica o combate à dengue utilizando ovitrampas, armadilhas que simulam criadouros e coletam ovos do Aedes aegypti. Essas armadilhas, compostas por um recipiente preto com líquido atrativo e uma paleta de madeira para a deposição dos ovos, são instaladas quinzenalmente em áreas urbanas. Após sete dias, os ovos coletados são contabilizados para mapear as regiões mais infestadas e direcionar ações de controle.
Segundo o secretário de Saúde, Fabrício Simões, a ovitrampa é eficaz, de baixo custo e sensível para detectar a infestação do mosquito. O veterinário Rogério Lara explica que as armadilhas devem ser posicionadas em locais protegidos do sol, vento e odores fortes, a até 1,5 metro do chão. A coleta e análise dos ovos são feitas por agentes de combate às endemias e funcionários do laboratório da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), que utilizam georreferenciamento para planejar medidas preventivas.
Além da contagem de ovos, outros dados são analisados, como evolução das últimas semanas, casos suspeitos e confirmados de arboviroses e residências inacessíveis. O Ministério da Saúde reconhece a ovitrampa como a melhor tecnologia para monitoramento da infestação do mosquito, embora não seja um método direto de controle. Em Contagem, o uso dessa metodologia começou em 2017 e, desde 2024, cobre toda a área urbana com instalação quinzenal, tornando-se essencial para estratégias de combate à dengue.
Fonte e foto: Prefeitura de Contagem