O outono no Brasil teve início na quinta-feira, 20 de março de 2025, às 6h01, e segue até o dia 20 de junho, às 23h42. Considerada uma estação de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, é marcada pela redução das chuvas em regiões do interior, especialmente no semiárido nordestino, e pelo declínio gradual das temperaturas devido à chegada de massas de ar frio oriundas do sul do continente. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o período ainda pode registrar volumes importantes de chuva nas regiões Norte e Nordeste, impulsionados pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
As previsões indicam padrões climáticos variados em diferentes regiões. No Sudeste e Sul, há expectativa de chuvas abaixo da média histórica, com temperaturas acima do usual, embora incursões de ar frio possam ocorrer nos próximos meses, especialmente em áreas de maior altitude. No Centro-Oeste, a tendência é de redução de chuvas a partir de abril e predominância de temperaturas elevadas. Já no Nordeste, as condições climáticas desfavoráveis para chuvas devem prevalecer no centro-sul, enquanto a porção norte deve contar com precipitações associadas à ZCIT. Na Região Norte, chuvas acima da média são esperadas no centro-norte, enquanto o sul da região pode apresentar precipitações próximas ou abaixo do esperado.
A estação também impacta diretamente a agricultura, especialmente no Centro-Oeste, onde produtores iniciam os cultivos a campo aberto. De acordo com Ítalo Ludke, da Embrapa Hortaliças, culturas como cenoura, alho e cebola são plantadas entre março e maio, com colheitas previstas para o segundo semestre. A definição do período seco favorece o desenvolvimento dessas culturas com irrigação. O outono destaca-se como uma época estratégica para o manejo agrícola e planejamento das atividades do setor rural, além de representar uma mudança significativa no comportamento climático em todo o país.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil