quinta-feira, 28 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma operação da Polícia Federal na terça-feira (26/11), envolvendo 23 mandados de busca e apreensão e um de prisão. A investigação apura a atuação de advogados, lobistas, empresários e magistrados em um esquema de venda de decisões judiciais e acesso privilegiado a informações sigilosas.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a realizar uma operação que inclui 23 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão. Está em curso uma investigação a respeito de participação de advogados, lobistas, empresários e magistrados em um esquema que envolve a venda de decisões judiciais e o acesso ilegal a informações confidenciais.

A prisão de Andreson de Oliveira Gonçalves, acusado de ser o lobista responsável pela intermediação da venda de sentenças, foi decretada durante a operação. Além dele, as medidas atingem desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT), chefes de gabinete dos ministros do STJ, Isabel Gallotti e Og Fernandes, e o assessor Márcio José Toledo Pinto.

O assassinato de um advogado no Mato Grosso, em dezembro de 2023, foi o ponto de partida para as investigações, que resultaram no afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Durante a apuração, mensagens encontradas no celular da vítima mencionaram a venda de decisões em gabinetes de pelo menos quatro ministros.

O ministro Zanin ressaltou a seriedade dos acontecimentos, sublinhando a urgência de uma ação célere e eficiente. Ele afirmou que as evidências de autoria e materialidade dos delitos fundamentam a continuidade da apuração, que está sendo conduzida de forma confidencial no STF.

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que, até o presente momento, não existem indícios que sugiram a participação de juízes de instâncias superiores no caso. Em seguida, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), reafirmou seu completo respaldo às apurações, destacando que “qualquer suspeita que envolva a integridade do Judiciário precisa ser minuciosamente investigada”. Por fim, o STJ comunicou que, por se tratar de um processo confidencial, não fará declarações sobre o ocorrido.

Com informações de: Tese Jurídica

Foto: Wikipédia

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