domingo, 20 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Tempo seco e falta de consciência ambiental. Essa junção resulta em desastres ambientais e malefícios à saúde. Como temos visto em todo o país, a onda de incêndios criminosos tem trazido diversos problemas à natureza e também à sociedade.

E o problema já está ao nosso lado. Em Aiuruoca, o Marcus Arantes se deparou com um foco de incêndio na noite da quinta-feira, 29 de agosto e não teve dúvidas: agiu para apagar o fogo. Utilizando o tapete de borracha do carro, ele conseguiu abafar o pequeno foco e preservar a vegetação nativa e também as casas que ficam ali próximas do local.

Em entrevista ao JORNAL PANORAMA, Marcus contou o que aconteceu. Segundo ele, o fogo estava às margens da AMG-1035, próximo ao trevo de acesso à BR-267. “Aí cheguei subindo, vi um incêndio que estava no princípio (…), já estava pegando no barranco na parte de cima, mas ainda estava pequeno. Como estava sozinho e não tinha nada na mão ali para tentar apagar, não tinha o que fazer com aquele incêndio ali, eu tirei o tapete do carro e fui subindo no barranco e apagando, batendo com o tapete, abafando o fogo com o tapete do carro, tapete de borracha”, disse.

Segundo Marcus, o fato de ser noite também colaborou para que o fogo não se alastrasse tão rápido, apesar de o capim estar bem seco – se fosse durante o dia, o desfecho dessa história poderia ter sido bem diferente. Ele contou que não viu ninguém próximo ao local. “Como o mato tá muito seco, uma guimba de cigarro jogada é o suficiente para dar um start nisso. Então, infelizmente, esse tipo de coisa acontece direto quando a gente consegue ver no início, como foi o caso ontem, a gente consegue apagar”, explicou.

Marcus é brigadista, voluntário do Parque Estadual da Serra do Papagaio, além de ser presidente da Associação dos Guias de Aiuruoca e empresário do ramo de turismo na cidade. “E aí você vê esse tipo de coisa, você tem que automaticamente combater o mais rápido possível para poder evitar um dano maior pra qualquer pessoa que seja, independente de ser uma área nossa ou não, que ali no caso não é nosso, mas de qualquer forma também não deixa de ser. Porque, querendo ou não, essa parte de natureza é de todo mundo. Então, deu tudo certo, felizmente”, reflete Marcus.

É importante compreender que combater um incêndio florestal não é tarefa fácil. Exige treinamento e equipamentos de segurança. Por isso, a orientação no caso de incêndios florestais é sempre acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193 ou a Defesa Civil do seu município.

1. 03
0:28

Por Juliana Carvalho

Fotos e vídeos: arquivo pessoal/ Marcus Arantes

Compartilhe:
Exit mobile version