O Instituto Estadual de Florestas (IEF) promoveu na quinta-feira (26) uma reunião online para validar os resultados do Levantamento das Espécies Exóticas Invasoras (EEI) em Minas Gerais. O estudo identificou 166 espécies, sendo 70 de plantas terrestres, 1 aquática, 94 de animais — com destaque para os peixes, que representam 64% das espécies — e 1 espécie de alga. Esses dados servirão como base para a criação da Lista de Espécies Exóticas Invasoras do estado.
Marina Dias, diretora de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do IEF, explicou que a lista visa facilitar a gestão ambiental, promovendo ações de restauração de áreas naturais e proteção de espécies ameaçadas. Laura Oliveira, diretora de Proteção à Fauna, destacou a importância da educação pública sobre os riscos das espécies invasoras.
O levantamento, realizado entre junho e setembro de 2024, contou com a participação de cerca de 70 pessoas e abrangeu 2.253 pontos de ocorrência no estado. O Instituto Hórus, especializado no tema, colaborou na compilação dos dados, que também se basearam em uma base de dados nacional e planos de manejo de unidades de conservação.
Para determinar quais espécies seriam incluídas na lista, foram utilizados três critérios: a excentricidade da espécie ao ambiente, seu histórico de invasão global e dados de ocorrência confiáveis. As espécies foram categorizadas em duas categorias: a primeira proíbe seu transporte e comércio, enquanto a segunda permite uso restrito, especialmente para aquelas já consolidadas em cadeias produtivas.
Durante a reunião, os participantes discutiram a necessidade de revisar algumas categorias e implementar mecanismos de transição para substituir espécies invasoras por nativas, especialmente em setores como aquicultura e jardinagem.
A lista proposta, junto com a apresentação e gravação do encontro, estará disponível para acesso público. Essas iniciativas estão alinhadas aos Planos de Ação Territorial para Conservação de Espécies Ameaçadas, integrando esforços no projeto Pró-Espécies Todos Contra a Extinção, que busca preservar a biodiversidade em Minas Gerais.
Fonte e foto: IEF