Em 2024, o mundo enfrentou um aumento significativo de dias com calor extremo, totalizando 41 dias a mais em comparação com anos anteriores. O impacto das altas temperaturas foi sentido em diversas partes do globo, de pequenas ilhas no oceano Índico, como Mayotte, até países ricos do Golfo, passando por cidades europeias e áreas da África. O ano, o mais quente já registrado, também bateu recordes de temperatura na atmosfera e na superfície do mar, exacerbando fenômenos climáticos como ciclones e ondas de calor.
De acordo com a rede de cientistas WWA (World Weather Attribution), que estuda o impacto da mudança climática em desastres naturais, quase todos os eventos climáticos extremos observados no último ano foram intensificados pela emissão de gases de efeito estufa resultante das atividades humanas. O aquecimento global, impulsionado principalmente pelos combustíveis fósseis, tornou seus efeitos mais devastadores e evidentes do que nunca.
Regiões próximas ao Equador, como ilhas insulares, enfrentaram uma situação ainda mais crítica, com alguns lugares registrando mais de 150 dias extras de calor extremo. O impacto do calor extremo foi fatal em diversos locais, como na Arábia Saudita, onde temperaturas de 51,8°C causaram a morte de mais de 1.300 peregrinos. Além disso, no México, dezenas de macacos bugios morreram, e no Paquistão, milhões de crianças ficaram impedidas de frequentar as escolas devido às temperaturas superiores a 50°C.
Fonte e Foto: Agência Brasil