Na linha de frente da fiscalização do trânsito em Belo Horizonte, mulheres desempenham papéis fundamentais, desde a operação das vias até o planejamento da mobilidade urbana. No comando da BHTrans, a presidente Deusuíte Matos Pereira de Assis e a superintendente Maria Odila de Matos desempenham papéis estratégicos na definição das operações de trânsito.
Para Deusuite Matos, o trabalho das mulheres é fundamental para a mobilidade da cidade. “Nós contribuímos para a construção de um espaço urbano mais inclusivo e acessível. Reconhecer e valorizar o trabalho da mulher, é um passo crucial para a construção de uma mobilidade urbana que favoreça a todos, sem exceções”, relata.
Atualmente, a BHTrans conta com 295 mulheres em seu quadro efetivo, distribuídas por diversas áreas e cargos, como analistas de transporte e trânsito, fiscais de transporte e trânsito e técnicas de transporte e trânsito. Essas profissionais enfrentam desafios diários para gerenciar conflitos nas vias. Mesmo em um setor tradicionalmente dominado por homens, essas mulheres se destacam pelo comprometimento com a organização do trânsito e pela abordagem educativa na aplicação das normas.
Além da fiscalização, muitas delas ocupam posições de gestão e planejamento, contribuindo ativamente para a criação de políticas públicas que visam tornar as cidades mais seguras e acessíveis para todos.
Há quase 25 anos como agente de transporte e trânsito, Eunice Tassi Romagnoli atua diariamente nas proximidades de escolas e combatendo irregularidades no trânsito. E ainda monitora os semáforos e orienta os cidadãos sobre ônibus, desvios de tráfego e operações de obras e eventos. Eunice também se envolve diretamente em situações de emergência e apoio em acidentes. “Preciso manter a tranquilidade diante das surpresas que o trânsito oferece”, afirma.
Eudete de Oliveira atua como fiscal de transporte e trânsito há 31 anos e desempenha diversas funções. Entre elas, está o trabalho em vias públicas, auxiliando na fluidez do trânsito, além de realizar vistorias em coletivos nos Pontos de Controle e nas estações de transporte. “Os desafios fazem parte, mas são superados quando sabemos que estamos contribuindo para a nossa cidade”, afirma.
Mulheres na Fiscalização
As mulheres também desempenham um papel essencial no monitoramento e controle do transporte público da capital. Com o objetivo de proporcionar mais segurança e conforto aos usuários, as mulheres da Diretoria de Planejamento e Controle da Mobilidade da Superintendência de Mobilidade Urbana (SUMOB) atuam em diferentes áreas, tanto no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) quanto diretamente nas ruas.
Entre as responsabilidades estão o monitoramento da lotação dos veículos, a vistoria preventiva do estado de conservação da frota, a verificação do cumprimento de horários e itinerários, a inspeção dos letreiros e a análise de contestações de viagens não validadas. As profissionais atuam para garantir um transporte mais eficiente e organizado para a população.
Além disso, há uma equipe especializada no Controle da Frota, responsável pelo atendimento aos operadores do transporte suplementar, escolar, fretado e táxi, além de uma equipe de atendimento pré-vistoria que trabalha diretamente com os vistoriadores. À frente de toda a operação de planejamento e controle da mobilidade está uma diretora, que, ao lado de três coordenadoras, lidera uma equipe de 78 profissionais.
Luci Leia de Castro Lemos é técnica de transporte e trânsito em Belo Horizonte há 12 anos. Sua atuação inclui a fiscalização de veículos de transporte, com vistorias realizadas diretamente nos Pontos de Controle (PC), onde registra eventuais irregularidades e emite autos de infração. Além disso, ela trabalha nas plataformas das estações, fiscalizando o transporte e oferecendo atendimento tanto aos usuários quanto aos motoristas.
De cobradora a motorista
A motorista de ônibus Edna Ferreira Santos, mais conhecida como Baiana, está no mercado há 18 anos, sendo nove deles como cobradora. Ela atua na linha 2151 (Vista Alegre/Serra) e diz que o veículo que dirige atualmente ficou famoso. “Amo levar as pessoas para trabalhar, para passear. Eu faço isso com tanto carinho, com tanto amor, que para mim poderia ter qualquer outro nome mesmo, menos trabalho”, avalia.
Atualmente, o transporte público de Belo Horizonte conta com cerca de 30 motoristas mulheres, de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belo Horizonte (Setra – BH).
Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte
Foto: Divulgação/PBH