Antes do início dos Jogos Olímpicos de Paris, a delegação brasileira já fazia história com uma marca inédita: pela primeira vez em mais de um século de participações olímpicas, o Brasil enviou mais mulheres do que homens para a competição, com 163 mulheres contra 126 homens, totalizando 56,4% da delegação. Ao final dos Jogos, as atletas femininas não apenas se destacaram em número, mas também dominaram os pódios, contribuindo com a maioria das vinte medalhas conquistadas pelo país.
Os três ouros brasileiros em Paris foram conquistados por mulheres: Beatriz Souza no judô, Rebeca Andrade na ginástica artística e a dupla Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia. No total, doze das vinte medalhas brasileiras foram de atletas femininas, incluindo um pódio adicional no judô com forte participação feminina. Comparado com os Jogos anteriores, as mulheres tiveram um impacto ainda maior em Paris, com 60% dos pódios sendo femininos, um avanço significativo em relação aos 43% em Tóquio e 26% no Rio.
Além das conquistas, a ginasta Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista olímpica do Brasil, com um total de seis medalhas, superando Robert Scheidt e Torben Grael. A prata de Tatiana Weston-Webb no surfe marcou a primeira medalha feminina brasileira na modalidade, e o ouro de Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia encerrou um jejum de 28 anos. A boxeadora Bia Ferreira também contribuiu com um bronze, ampliando seu histórico olímpico. O desempenho das mulheres brasileiras em Paris foi amplamente elogiado, com destaque dado pelo chefe da missão e diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.
Fonte e fotos: Agência Brasil