O motorista da carreta bitrem envolvida no trágico acidente que matou 41 pessoas em Minas Gerais deixou a delegacia de Teófilo Otoni na noite de segunda-feira (23), após prestar depoimento. O acidente, que ocorreu no sábado (21) na BR-116, envolveu também um ônibus e um carro de passeio.
Na saída da delegacia, o motorista cobriu o rosto e não fez declarações à imprensa. O advogado Raony Scheffer, que o acompanhava, garantiu que o motorista não tinha a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e que ele estava dirigindo dentro do limite de velocidade permitido. O advogado também refutou a hipótese de excesso de carga na carreta.
Sobre a causa do acidente, o advogado explicou que o ônibus perdeu o controle após o estouro de um pneu e colidiu com o semirreboque da carreta. “O ônibus ficou desgovernado”, afirmou Scheffer. Após a colisão, o ônibus pegou fogo e explodiu. Ele também justificou a fuga do motorista, alegando que ele entrou em pânico ao ver a gravidade da situação e se preocupou com sua própria segurança, não podendo prestar socorro no local.
Em relação à investigação, o advogado destacou que o motorista não foi considerado réu e não havia nenhuma ordem de prisão. Ele foi liberado para responder ao inquérito em liberdade.
O acidente ocorreu por volta das 4h do sábado (21) e envolveu uma carreta bitrem, um ônibus da Viação Emtram, que seguia de São Paulo para a Bahia, e um carro Fiat Argo. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) investiga se a colisão foi causada pelo estouro do pneu do ônibus ou pela queda de um bloco de granito do caminhão. Após o impacto, o Fiat Argo bateu na carreta, mas os três ocupantes do carro sobreviveram.
Segundo o Instituto Médico Legal (IML) de Teófilo Otoni, 39 corpos foram inicialmente encontrados, a maioria deles carbonizados, o que dificultou a identificação. Mais tarde, o número de vítimas foi confirmado em 41 mortos.
Fonte e foto: Redes Sociais