O Ministério da Saúde deu um importante passo na redução das taxas de mortalidade materna, neonatal e infantil no Território Yanomami. No início de agosto, 35 profissionais de saúde receberam qualificação especializada em áreas críticas como cuidados com recém-nascidos, reanimação neonatal, manejo de doenças infantis prevalentes e o uso do traje antichoque não pneumático (TAN), um equipamento crucial para o transporte seguro de pacientes em áreas remotas.
Com essa nova capacitação, o Território Yanomami conta agora com 70 profissionais habilitados para atender urgências e emergências obstétricas, neonatais e infantis. Além disso, o Ministério da Saúde distribuiu kits de traje antichoque e de reanimação neonatal para melhorar ainda mais o atendimento.
O treinamento incluiu médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais atuantes em maternidades, na Casai (Casa de Saúde Indígena), polos-base, Unidades Básicas de Saúde Indígenas e no SAMU. As principais causas de mortalidade materna na região incluem hemorragias pós-parto, infecções puerperais/sepse e eclâmpsia, enquanto a mortalidade infantil está ligada a causas evitáveis, como asfixia, pneumonias, doenças respiratórias, desnutrição, diarreia, gastroenterites e septicemias.
No dia 5 de agosto, o Ministério da Saúde divulgou um novo informe do Centro de Operação de Emergências (COE) Yanomami. O relatório indica que, no primeiro trimestre deste ano, foram registrados 74 óbitos no território, uma redução de 33% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 111 mortes. O documento destaca que os principais agravos, como óbitos por malária, desnutrição e infecções respiratórias agudas graves, apresentaram queda.
O povo Yanomami, que ocupa a maior terra indígena do Brasil com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas, tem recebido investimentos substanciais desde janeiro de 2023 para enfrentar a crise causada pelo garimpo ilegal. O Ministério da Saúde aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e intensificou o combate a doenças como a malária e a desnutrição no território.
Fonte e foto: Agência gov