Minas Gerais registrou o maior número de pontos críticos em rodovias brasileiras em 2024, com 338 ocorrências identificadas pelo Painel dos Pontos Críticos nas Rodovias Brasileiras, desenvolvido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Com uma malha rodoviária de 15.589 quilômetros analisados, o estado apresenta um ponto crítico a cada 46 quilômetros.
Apesar da liderança, houve uma redução de quase 12% nos registros em comparação a 2023, quando foram contabilizados 383 pontos críticos (um a cada 40 quilômetros).
Principais problemas identificados
Os buracos grandes representam a maior parte das ocorrências (123 casos, 36,4%), seguidos por erosões na pista (111 casos, 32,8%) e quedas de barreiras (84 casos). Além disso, 232 pontos (68,6%) não possuem qualquer sinalização, e 90 apresentam sinalização deficiente.
Dos 338 pontos críticos, apenas 8 (2,4%) estão em trechos sob gestão de concessionárias, enquanto 173 estão em rodovias federais e 165 em estaduais. Menos de 5% da sinalização das vias foi considerada adequada, e apenas 10 pontos críticos estão em obras.
Rodovias mais afetadas
As cinco rodovias com mais pontos críticos em Minas Gerais são:
BR-367: 38 pontos críticos (11,2%)
BR-262: 28 pontos críticos (8,3%)
MG-120: 28 pontos críticos (8,3%)
MG-259: 25 pontos críticos (7,4%)
BR-381: 23 pontos críticos (6,8%)
Condições gerais das rodovias
A avaliação geral da malha pavimentada de Minas Gerais revelou os seguintes dados:
Classificação geral:
2,8% ótimo
20,6% bom
40,2% regular
28,6% ruim
7,8% péssimo
Pavimento:
20,9% ótimo
14,5% bom
35,8% regular
24,3% ruim
4,5% péssimo
Sinalização:
5,0% ótimo
22,8% bom
47,4% regular
14,2% ruim
10,6% péssimo
Geometria da via:
8,1% ótimo
14,2% bom
22,3% regular
24,0% ruim
31,4% péssimo
Outros problemas incluem pistas simples predominantes em 88,2% da malha, ausência de acostamento em 41,4% dos trechos e falta de sinalização em 28,8% das curvas perigosas.
Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do país, equivalente a 16% de todo o sistema nacional. Contudo, os dados reforçam a necessidade de investimentos e melhorias para garantir a segurança nas estradas.
Fonte e foto: Confederação Nacional do Transporte (CNT)