Os Treinamentos em Rotinas e Processos de Trabalho em Vigilância Epidemiológica são uma proposta da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba para atualizar, continuamente, os profissionais que atuam nos municípios, preparando-os para enfrentar rotinas de trabalho, assim como situações de surtos e agravos. Entre os dias 8 e 10, referências técnicas, médicos e enfermeiros das secretarias municipais de saúde, hospitais e do sistema carcerário da região Triângulo Sul estão sendo treinados para a Vigilância do Óbito, no 5º módulo de treinamentos, que ocorre no espaço do Senac Uberaba. A capacitação complementa também a estratégia do Governo de Minas para a redução da mortalidade materna no estado.
Os papeis do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e Instituto Médico Legal (IML) foram abordados. Fluxos de encaminhamento de óbitos, declaração de óbitos por diferentes causas, fichas de investigação, enfrentamento à mortalidade materna e infantil, entre outros, também foram trabalhados de forma teórico-prática, com exercícios, estudos de caso e discussões em grupo.
Denise Maciel, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS Uberaba, salienta que o treinamento também complementa a estratégia estadual de redução da morte materna, uma das prioridades do Governo do Estado. Ela explica que, “a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) firmaram um termo de cooperação denominado estratégia ‘zero morte materna’, para fomentar ações e estratégias nos territórios para a redução da mortalidade por hemorragia”. Estão previstas ações de qualificação profissional em 27 instituições hospitalares das macrorregiões de saúde do estado, com a participação de consultores técnicos da Opas.
Ulisses José Moreira Pereira, médico que atua na unidade de saúde e na Santa Casa de Perdizes, está participando de todo o treinamento e acredita que as informações disseminadas e ajustes sugeridos, são fundamentais para o trabalho. Ele afirma que “os profissionais presentes no treinamento perceberam a necessidade de estabelecer uma melhor comunicação entre os comitês de óbito municipal e da Santa Casa”, iniciativa que surgiu no treinamento e será de grande contribuição para o correto fechamento e investigação adequada dos óbitos ocorridos no município.
Nathalya Makeba, enfermeira do município de Tapira, achou importante se inteirar a respeito dos indicadores de mortalidade materna e infantil de seu município e, quando retornar ao trabalho, vai traçar estratégias e planos de ação com sua equipe para melhorar esses indicadores. Além disso, afirma que “o mais interessante desses treinamentos é a possibilidade de trocas de saberes, algo que é muito enriquecedor, pois sempre voltamos com algo a mais na bagagem”.
Fonte e foto: Secretaria de Saúde de Minas Gerais