A denúncia sobre a venda irregular de carros na cidade de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, resultou no indiciamento de um mecânico, de 44 anos, pelo crime de estelionato. Conforme apurado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o homem é suspeito de alienar, sem autorização, veículos que seus clientes encaminhavam para reparos.
Por meio de levantamentos policiais – entre relatos de testemunhas e vítimas, capturas de tela de conversas, pesquisas em sistemas policiais, além da confissão do investigado -, foi possível constatar o modo como o suspeito agia.
Após os clientes deixarem os veículos para reparos mecânicos na oficina do investigado, localizada no bairro Novo Riacho, o homem negociava os automóveis, como se fossem de sua propriedade, a fim de obter lucro rápido. De acordo com registros policiais, o investigado adotava tal prática desde de 2020, lesando diversas pessoas.
Com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil representou ao Poder Judiciário pela proibição do exercício da profissão de mecânico e de frequência a oficinas mecânicas, visando evitar a reiteração criminosa e o surgimento de outras vítimas.
Denúncia
O delegado que coordena as investigações, Raphael Boechat, contou que uma das vítimas procurou a Polícia Civil em outubro para denunciar o crime. Ela disse aos policiais que havia deixado o veículo na oficina do investigado para alguns reparos e combinado a possível venda do carro para o mecânico, sem, no entanto, autorizar o repasse do bem naquele momento.
“Ela constantemente ia até a oficina mecânica e pedia notícias do veículo, e sempre o mecânico apresentava diversas desculpas”, relatou o delegado, contando ainda que, posteriormente, a vítima foi notificada sobre a venda do seu carro por meio de um alerta do aplicativo CNH Digital.
Ao questionar o mecânico sobre a venda do veículo, ele assumiu tê-lo alienado para uma pessoa, a qual acreditava que o suspeito seria o proprietário do bem. “As investigações continuaram e conseguimos a restituição do veículo à vítima”, completou Boechat.
Fonte e foto: Polícia Civil de Minas Gerais