A mineradora Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton, foram condenadas pela Justiça Federal por uma campanha publicitária enganosa relacionada às medidas reparatórias da tragédia ocorrida na bacia do Rio Doce. A condenação inclui a Fundação Renova, entidade criada para gerenciar ações de reparação de danos. Juntas, as empresas e a fundação deverão pagar R$ 56 milhões por danos materiais e morais. Ainda cabe recurso.
Na decisão, o juiz Vinícius Cobucci afirmou: “É evidente o desvio de finalidade da fundação que se prestou a uma campanha publicitária e de marketing para criação de uma narrativa fantasiosa a favor da própria fundação. A situação, além de demonstrar o desrespeito da Renova ao seu próprio estatuto, demonstra claramente uma falta de respeito em relação às vítimas e à sociedade brasileira.”
A tragédia, ocorrida em novembro de 2015, foi causada pelo rompimento de uma barragem da Samarco no município de Mariana, em Minas Gerais. O desastre liberou uma avalanche de rejeitos, resultando em 19 mortes e impactando populações de dezenas de cidades mineiras e capixabas ao longo da bacia do Rio Doce.
Fonte e fotos: Agência Brasil