A Justiça de São Paulo decidiu no dia 14 de janeiro negar o pedido de prisão preventiva do policial militar Guilherme Augusto Macedo, acusado de matar com um tiro à queima-roupa o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta. O crime ocorreu no dia 20 de novembro de 2024, em um hotel localizado na Vila Mariana, zona sul da capital paulista.
A decisão foi tomada pela juíza Luciana Scorza, que justificou o indeferimento da prisão preventiva alegando que Macedo é réu primário, possui residência fixa e não tentou obstruir as investigações. “Não evidenciam periculosidade social do denunciado nem risco por seu atual estado de liberdade, a ensejar a medida extrema neste momento processual”, afirmou a juíza em seu despacho.
A prisão preventiva havia sido solicitada pela Polícia Civil após a conclusão do inquérito sobre o caso. Macedo também foi indiciado por homicídio doloso no Inquérito Policial Militar (IPM) e está afastado de suas funções, assim como o outro policial militar envolvido, Bruno Carvalho do Prado.
O episódio começou durante um patrulhamento na Vila Mariana, quando Acosta, inconformado com uma abordagem, deu um tapa no retrovisor da viatura dos policiais. Em seguida, o estudante procurou abrigo em um hotel da região, mas acabou sendo baleado por Macedo durante a abordagem no local. O disparo foi feito à queima-roupa.
De acordo com o inquérito da Polícia Civil, o policial militar “assumiu o risco do resultado de morte porque usou ilegitimamente a arma de fogo para repelir uma suposta ameaça”. Vale destacar que, no momento da abordagem, o estudante estava desarmado e reagiu à tentativa de prisão. O caso foi filmado pelas câmeras de segurança do hotel e as imagens têm sido utilizadas como provas no processo.
Informações: Agência Brasil
Foto: Reprodução / Polícia Militar de São Paulo