A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, durante coletiva na quinta-feira (7/11), os próximos passos da investigação sobre o acidente de veículos ocorrido na noite do dia 13 de outubro, na Serra do Bandeirantes, em Juiz de Fora. A colisão resultou na morte de um menino, de 2 anos, e deixou sua irmã, de 9, internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) infantil.
De acordo com o delegado Rodrigo Rolli, a investigação aponta que um condutor chegou a fazer uma denúncia ao 190, alertando a Polícia Militar sobre a condução perigosa da motorista investigada, de 36 anos.
O denunciante relatou que a mulher apresentava sinais de embriaguez, realizava ultrapassagens arriscadas e transitava de forma perigosa pela Estrada Engenheiro Gentil Forn. Cerca de dez minutos após a ligação, o veículo conduzido pela investigada invadiu a pista contrária, colidindo frontalmente com o carro que transportava a família.
A criança de 2 anos foi socorrida, mas teve morte cerebral confirmada no dia 16 de outubro, três dias após o acidente. Já a menina de 9 anos, que também sofreu ferimentos graves, apresentou melhora no estado de saúde no final do mês de outubro e atualmente respira sem auxílio de aparelhos, porém segue internada.
Apurações
A Polícia Civil apurou que a motorista investigada havia percorrido cerca de 11,6 quilômetros entre um churrasco, no bairro Aeroporto, e o local do acidente, em aproximadamente 24 minutos. Durante o trajeto, câmeras de segurança registraram o percurso da condutora. Ainda são aguardados o prontuário médico da menina internada e o laudo pericial que determinará a velocidade do veículo.
Na manhã da quinta-feira (7/11), a motorista foi intimada a depor na delegacia, mas preferiu exercer seu direito ao silêncio. Segundo o delegado Rolli, a investigada demonstrou estar emocionalmente abalada, afirmando-se sensibilizada pela situação, por também ser mãe.
Os levantamentos realizados indicam que a motorista esteve sozinha no evento por cerca de nove horas e consumiu bebida alcoólica, segundo testemunhas e pela garrafa de cerveja encontrada no veículo pela perícia. Testemunhos de bombeiros e policiais presentes na ocorrência reforçam que a condutora apresentava sinais de embriaguez. No entanto, o teste clínico realizado cerca de quatro horas após o acidente não detectou níveis de álcool no sangue.
Além das duas crianças, mais três pessoas ficaram feridas na colisão. No veículo atingido, estavam os pais das crianças, de 28 e 29 anos, uma terceira filha, de 6, e um motorista de aplicativo, de 29 anos, que dirigia o carro no momento do acidente. No outro carro, estava apenas a motorista investigada, que foi conduzida inicialmente à Delegacia de Plantão, onde prestou depoimento e foi liberada após recusar-se a realizar o teste do bafômetro.
Fonte e foto: PCMG