quinta-feira, 21 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O golpe de Estado que teria sido planejado a partir do Palácio do Planalto ao longo de todo o ano de 2022, tinha como objetivo do plano, que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, foi apontado como um sinal para uma ofensiva contra setores amplos do campo democrático brasileiro.

As novas descobertas surgiram após a recuperação de mensagens trocadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Bolsonaro, e dos vazamentos de vídeos com declarações claras de generais e almirantes próximos ao então chefe de governo. As declarações evidenciam o envolvimento de figuras militares no esquema, incluindo o apoio ostensivo de generais como Villas Bôas, Braga Netto e Heleno aos acampamentos em frente aos quartéis do Exército, uma ação que já havia sinalizado uma cadeia de comando para o golpe planejado. Além disso, a convocação de embaixadores para denunciar supostas irregularidades no processo eleitoral de 2022 também fez parte da estratégia de desestabilização.

Esses elementos indicam que os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram os prédios dos Três Poderes em Brasília, foram apenas a parte visível de um projeto muito maior, cujo intuito era garantir a continuidade de um governo autoritário, a qualquer custo.

Uma das falas mais polêmicas que surgiram nas últimas semanas veio do senador Flávio Bolsonaro, que, ao comentar o plano de assassinato, afirmou que não há crime quando o assassinato planejado não se concretiza. A declaração causou perplexidade, uma vez que a tentativa de planejamento de assassinatos e golpes de Estado contra instituições republicanas é, por si só, um crime gravíssimo.

Além disso, o advogado Ives Gandra, conhecido por suas defesas da atuação das Forças Armadas como um poder moderador, também foi mencionado nas discussões sobre a justificativa de intervenções no governo. Gandra é frequentemente invocado por defensores de ações que atentam contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito, em nome de um suposto poder acima das instituições democráticas.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) Se Posiciona contra a Impunidade

Em meio a essas revelações, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que desempenhou um papel de resistência ao regime ditatorial iniciado com o golpe de 1964 contra o governo de João Goulart, se posicionou. A ABI se soma às manifestações que exigem o fim da leniência com os responsáveis por essa trama criminosa, que envolve membros das Forças Armadas, seus financiadores e apoiadores civis.

A ABI defendeu em suas redes sociais que as punições aplicadas aos participantes dos atos de vandalismo de 8 de janeiro devem ser estendidas aos verdadeiros mandantes da ação, com a responsabilização de todos os envolvidos, independentemente do cargo ou patente.

Diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, todos os envolvidos na conspiração planejada a partir do Palácio do Planalto têm que ser punidos, independentemente de sua posição política, social ou militar. A luta pela democracia continua a ser um ponto central na mobilização da sociedade brasileira contra o autoritarismo e pela preservação das instituições republicanas.

Fonte e foto: ABI

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