O último levantamento do LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) realizado em Manhuaçu, em 2024, revelou um índice de 0,9%, o que indica um baixo risco de surtos de doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, zika e chikungunya. Este número representa uma redução significativa em relação ao índice de 2,6% registrado no mesmo período de 2023. No entanto, mesmo com o resultado abaixo de 1% — patamar recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) —, as autoridades de saúde alertam que a vigilância e as ações de prevenção continuam sendo essenciais.
Clima e Risco de Infestação: O Coordenador da Vigilância Ambiental, Leonardo Mota de Sales, explicou que o índice baixo reflete o momento climático, com maior quantidade de chuvas e temperaturas amenas, fatores que diminuem a proliferação do mosquito. Contudo, ele alerta que a situação pode mudar a partir de dezembro e principalmente em janeiro, quando as temperaturas aumentam, criando condições ideais para o mosquito se multiplicar. “Embora o índice de infestação esteja baixo, o risco não pode ser descartado. A temporada de calor que se aproxima pode favorecer o aumento de focos de Aedes aegypti”, destacou Leonardo.
Focos de Infestação Identificados: O levantamento apontou que os bairros com maior quantidade de focos de mosquitos foram Sagrada Família, Petrina, Coqueiro, Catuaí, Operários, Colina, Pinheiro, Matinha, Bom Pastor e Engenho da Serra. A área com maior concentração de focos foi a Zona 3, abrangendo diversas dessas localidades. Nos pontos inspecionados, os agentes de combate à endemias encontraram larvas do mosquito principalmente em vasos de plantas, bebedouros de animais, recipientes de degelo, lajes, vasos sanitários e caixas de descarga.
“Nosso trabalho é feito por regiões, e a Zona 3 apresentou a maior quantidade de focos. Vamos intensificar as ações nessas áreas, além de reforçar a conscientização sobre a eliminação de criadouros”, detalhou Leonardo.
Uso de Tecnologia no Combate à Infestação: Para aprimorar as ações de controle e monitoramento, a Vigilância Ambiental de Manhuaçu tem adotado novas ferramentas tecnológicas, como o mapeamento por drone. Com o auxílio dos drones, é possível identificar com mais precisão os locais com focos de mosquitos, permitindo uma atuação mais eficiente e focada.
Próximos Passos: O próximo levantamento do LIRAa está agendado para janeiro de 2024, período em que, historicamente, o índice tende a subir devido ao aumento das temperaturas e a maior incidência de chuvas. No entanto, a Prefeitura de Manhuaçu e a Vigilância Ambiental já intensificaram as ações de controle, com visitas às residências e campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância de eliminar os focos do mosquito.
Prevenção é a Chave: Embora o índice de infestação atual seja baixo, a prevenção continua sendo a melhor estratégia para evitar surtos de doenças. A população de Manhuaçu é orientada a manter o cuidado com seus quintais e imóveis, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água, como pneus velhos, garrafas, caixas d’água sem tampa e pratinhos de plantas.
A luta contra o Aedes aegypti é contínua, e a colaboração de cada morador de Manhuaçu é fundamental para garantir que a cidade continue com baixos índices de infestação. A Vigilância Ambiental segue firme no trabalho de monitoramento e combate ao mosquito, mas conta com a ajuda da população para manter a cidade livre de focos do Aedes aegypti e proteger a saúde de todos.
Fonte e foto: Prefeitura de Manhuaçu