Na manhã do dia 12 de fevereiro, um incêndio de grandes proporções atingiu a fábrica de roupas Maximus Confecções, localizada no bairro de Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro. A instalação, que é responsável pela produção de fantasias para o carnaval carioca, foi consumida pelas chamas, resultando em pelo menos 17 pessoas sendo retiradas do local, com nove delas sendo encaminhadas a hospitais. O incêndio gerou grande preocupação, principalmente entre as escolas de samba que dependem da confecção para a produção de suas fantasias.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 7h39 para combater as chamas, com cerca de 90 agentes de 13 quartéis envolvidos na operação. A fábrica, situada na Rua Roberto Silva, foi severamente danificada, e os bombeiros enfrentaram dificuldades devido ao material altamente inflamável presente no local, como tecidos e espumas, o que ajudou a propagar o fogo rapidamente.
Relatos de pessoas que estavam na fábrica no momento do incêndio indicam que o fogo iniciou enquanto muitos trabalhadores ainda estavam dormindo. Raiane, uma das pessoas resgatadas, contou sobre o desespero vivido no momento: “A gente só escutou, no caso, a gritaria, janelas sendo quebradas e pedidos de socorro do pessoal de cima. Quando fomos abrir a porta do nosso ateliê para que pudéssemos sair, vimos a fumaça e não tinha como a gente sair. Aí, um amigo lembrou que havia uma escada no canto do ateliê da gente, que dá acesso a outro ateliê que dá aqui para fora.”
A Maximus Confecções tem uma grande relevância para o carnaval carioca, especialmente para as escolas de samba da Série Ouro, o grupo de acesso. Agremiações como o Império Serrano e Unidos da Ponte informaram que toda a sua produção de fantasias para o desfile deste ano estava na fábrica. A Liga RJ, que representa as escolas da Série Ouro, se manifestou sobre o impacto do incidente, destacando a importância da Maximus na cadeia produtiva do carnaval.
“O impacto deste incidente atinge diretamente o planejamento do carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida na sua realização”, declarou a Liga RJ em nota oficial. Em resposta, a Liga convocou uma assembleia extraordinária com os presidentes das escolas de samba para discutir as consequências do incêndio e encontrar soluções para minimizar os prejuízos, garantindo que as escolas filiadas não sejam prejudicadas.
Além do Corpo de Bombeiros, outros órgãos de segurança pública e defesa civil foram acionados, como a Polícia Militar, a Guarda Municipal, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), a subprefeitura da zona norte e a Defesa Civil Municipal, que auxiliaram no controle da situação e no apoio às vítimas.
Com as informações da Agência Brasil
Foto: CMERJ / Divulgação