O Instituto Estadual de Florestas (IEF) realizou, nos dias 27 e 29 de agosto, oficinas para elaboração dos Planos de Uso Público dos Parques Estaduais Serra Negra e Biribiri, localizadas na região do Jequitinhonha. Os Planos de Uso Público são documentos técnicos que contemplam estratégias, diretrizes e prioridades de gestão, com o objetivo de estimular o uso público, orientar o manejo, aprimorar as experiências e diversificar as oportunidades de visitação nas unidades de conservação.
A elaboração dos planos se baseia no documento publicado em 2020 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que apresenta orientações metodológicas para a padronização destes estudos no país.
As oficinas foram realizadas de forma participativa junto às comunidades, poderes públicos municipais e representantes das instituições relacionadas à cadeira produtiva do turismo das regiões em que as unidades de conservação contempladas estão inseridas. As comunidades tiveram a oportunidade de participar da construção do planejamento da visitação nessas áreas.
A iniciativa vem acontecendo no âmbito do Programa Copaíbas – Comunidades Tradicionais, Povos Indígenas e Áreas Protegidas nos biomas Amazônia e Cerrado, de execução do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) em parceria com o IEF e viabilizado por recursos da Iniciativa Internacional da Noruega para Clima e Florestas (NICFI).
“O documento conta com o ineditismo de abordar, além do planejamento turístico em áreas protegidas, questões relativas à equidade de gênero e o papel da mulher”, afirma o gerente de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do IEF, Edmar Monteiro Silva.
As oficinas contaram, ainda, com a participação de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (INEA) para intercâmbio e troca de experiência sobre os processos de elaboração do plano de uso público, bem como sobre a gestão da visitação nas unidades de conservação.
Copaíbas
O Programa Copaíbas foi firmado em 2020 e desenhado para ser desenvolvido ao longo de seis anos. Tem como objetivo contribuir para a redução do desmatamento, por meio do apoio a estratégias que promovam a conservação de florestas e de áreas de vegetação nativa na Amazônia e no Cerrado, resultando também em melhores condições de vida para populações tradicionais e povos indígenas.
Fonte e foto: Ascom/ Sisema