Na madrugada de segunda-feira, 9 de junho de 2025, transportadores de combustíveis e derivados de petróleo que prestam serviços para a Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) iniciaram uma greve por tempo indeterminado em Betim. A paralisação afetou a entrada da base da empresa, com dezenas de caminhões-tanque parados na região. Os trabalhadores exigem o cumprimento das leis que asseguram o pagamento do Piso Mínimo de Frete (Lei 13.703/2018) e do Vale-Pedágio Obrigatório (Lei 10.209/2001), que, segundo eles, vêm sendo constantemente desrespeitadas pela Vibra e por outras distribuidoras que operam no estado.
Irani Gomes, presidente do Sindtanque-MG, afirmou que o sindicato apoia integralmente o movimento, destacando que as distribuidoras, especialmente a Vibra, têm descumprido essas leis por anos, resultando em prejuízos significativos para os transportadores. Gomes ressaltou que a situação tornou-se insustentável e que as normas precisam ser cumpridas de imediato para garantir os direitos dos trabalhadores. “Exigimos da Vibra o cumprimento imediato desses direitos, assim como um aumento na fiscalização da ANTT sobre os contratantes de frete”, afirmou o dirigente.
Os reflexos dessa greve começam a ser sentidos nos postos de combustíveis de Minas Gerais, conforme alertou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro). “Alguns revendedores da marca Vibra – antiga BR Distribuidora – estão trabalhando com o estoque a níveis extremamente baixos”, informou a entidade por meio de uma nota oficial. Isso pode resultar em desabastecimento, afetando diretamente a população e os setores econômicos dependentes de combustíveis, como o transporte de mercadorias e passageiros.
O impacto da greve pode ser bastante severo para o abastecimento de combustíveis em Minas Gerais. O presidente do Sindtanque-MG já alertou que, se a paralisação continuar, o fornecimento de combustíveis para postos de gasolina e aeroportos poderá ser comprometido em poucos dias. A situação preocupa as autoridades e a população, já que a paralisação afeta diretamente a logística do estado e pode prejudicar a economia local. O sindicato cobra uma resposta rápida das autoridades competentes, especialmente da ANTT, para evitar danos ainda maiores ao setor e à sociedade mineira.
Com informações e foto: Minaspetro
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