O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na segunda-feira, 19 de maio, que a equipe econômica do governo federal está finalizando um conjunto de medidas com foco na contenção de gastos e incremento da arrecadação. A previsão é de que as propostas sejam detalhadas na próxima quinta-feira, 22 de maio, durante a divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que orienta a execução orçamentária da União.
Após reunião de aproximadamente três horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad afirmou que o relatório trará não apenas o panorama fiscal de 2025, como também as projeções para 2026. Segundo o ministro, o detalhamento completo das medidas e das estimativas fiscais será apresentado até a quinta-feira, após uma série de encontros internos ao longo da semana. Ele não antecipou valores nem especificou ações, limitando-se a dizer que serão decisões pontuais voltadas à resolução de entraves que pressionam as despesas e limitam as receitas do governo.
Haddad ressaltou que as intervenções não devem ser tratadas como um “pacote fiscal”, já que se tratam de medidas isoladas com objetivos específicos. A apresentação das ações, prevista inicialmente para a semana anterior, foi adiada devido ao funeral do ex-presidente uruguaio José Mujica.
O ministro também informou que, nesta segunda-feira, não houve tratativas com o presidente da República sobre a compensação relacionada a descontos indevidos aplicados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre 2019 e 2025, aproximadamente R$ 6 bilhões teriam sido debitados de aposentados e pensionistas a favor de entidades e associações, muitas vezes sem a autorização formal dos beneficiários. O governo segue avaliando o impacto desses valores.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil