O Governo Federal mobilizou 1.489 brigadistas do Ibama e do ICMBio para combater os incêndios florestais que assolam a Amazônia, agravados por uma das piores estiagens da história. Desde julho de 2023, a mudança climática tem antecipado e intensificado a temporada de incêndios na região, afetando gravemente áreas do Brasil, Peru e Bolívia. Dos 173 incêndios registrados no Norte do Brasil desde 24 de julho, 98 já foram extintos ou estão sob controle. A maioria dos focos de incêndio concentra-se no sul do Amazonas e nos arredores da Rodovia Transamazônica (BR-230).
Os estados do Amazonas e Pará juntos representam mais da metade dos focos de incêndio registrados na Amazônia em 2024, com 67,2% dos focos desde julho concentrados nesses dois estados. O índice de seca na Bacia Amazônica é o pior em pelo menos duas décadas, levando a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) a declarar situação crítica de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus. Um estudo internacional recente apontou que a emergência climática aumentou em até 20 vezes a probabilidade das condições que intensificaram os incêndios na Amazônia Ocidental entre março de 2023 e fevereiro de 2024.
Apesar do cenário preocupante, a atual gestão tem apresentado resultados positivos na redução do desmatamento. Com a retomada da governança ambiental, a área sob alertas de desmatamento na Amazônia caiu 45,7% de agosto de 2023 a julho de 2024 em comparação com os 12 meses anteriores, conforme dados do sistema Deter, do Inpe. A área sob alertas (4.315 km²) é a menor da série histórica iniciada em 2016.
Fonte e fotos: Rede.