O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) instalou, na segunda-feira (3/2), a Sala de Monitoramento das Arboviroses.
A iniciativa visa o acompanhamento cada vez mais eficaz da situação epidemiológica de doenças como dengue, zika, chikungunya, febre oropouche e febre amarela no estado.
A sala é um espaço para a consolidação de informações de gestão, dados epidemiológicos, assistenciais e laboratoriais, que vão subsidiar a tomada de decisão por parte do governo estadual, incluindo o planejamento e coordenação das ações de enfrentamento às arboviroses.
“Verificamos, neste início de ano, o aumento de casos de arboviroses, mas nada comparado ao que tivemos em 2024. Por isso, é fundamental a vigilância do cenário epidemiológico”, explica o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi.
“A sala de monitoramento tem um papel primordial, que é o de agregar todos os dados necessários dos 853 municípios mineiros, dando subsídios e suporte às ações a serem realizadas, tanto pelo Estado quanto pelos municípios, de forma a estarmos cada vez mais próximos da população”, destaca Eduardo Prosdocimi.
O subsecretário também ressalta o reforço das ações para ampliar a vacinação contra a febre amarela no estado.
“Neste início de ano, verificamos epizootias e casos de febre amarela no Sul de Minas e estamos dando uma resposta imediata, intensificando a vacinação em todo o estado, inclusive com a destinação de recursos para que os municípios viabilizem as ações em seus territórios”, salienta.
Ações de combate
A SES-MG trabalha ao longo de todo o ano, de forma integrada com os municípios, para implementar medidas de controle aos vetores de arboviroses, com destaque para o serviço de monitoramento por drones que permite a identificação de áreas de difícil acesso, como caixas d’água e piscinas descobertas, e possibilitam a aplicação precisa de larvicidas.
A estratégia é fruto da política Vigidrones, que, com investimentos de R$30 milhões, está sendo implementada nas 28 Unidades Regionais de Saúde de forma gradual para otimizar o trabalho dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE).
Para o controle da população de mosquitos, a SES-MG descentralizou a rede de veículos equipados com aspersores (UBV-Veicular) que serão utilizados para a aplicação espacial de inseticidas. Nesta ação, foram repassados R$ 28 milhões para os consórcios municipais de saúde que vão atender todo o território mineiro.
“De forma complementar, a partir do dia 17/2, nossa Força Tarefa Estadual do SUS vai percorrer todo o estado, capacitando os municípios em manejo clínico e em estratégias de vigilância, preparação e resposta para o período sazonal”, anuncia Prosdocimi.
De acordo com o subsecretário, o trabalho será iniciado com ações simultâneas de sete duplas nas Unidades Regionais de Saúde (URS) de Pouso Alegre, Belo Horizonte, Ubá, Januária, Coronel Fabriciano, Uberaba e Diamantina.
Desde 2022, a SES-MG já repassou, mais de R$ 228 milhões aos municípios para a prevenção, o enfrentamento e o manejo clínico das arboviroses.
Além disso, na sexta-feira (7/2), a SES-MG começará a distribuição às URS dos 405.845 testes rápidos NS1 em cassete, recebidos do Ministério da Saúde, para diagnóstico de dengue.
Cenário
Minas Gerais registrou, até 3/2, 19.598 casos prováveis de dengue. Desse total, 6.277 foram confirmados, sendo que há 11 óbitos em investigação e dois confirmados para a doença.
Em relação à febre chikungunya, foram registrados 1.824 casos prováveis da doença, dos quais 1.352 foram confirmados e há um óbito em investigação.
Quanto ao vírus Zika, há cinco casos prováveis da doença e um confirmado. Destaca-se que não há registro de caso de zika confirmado por método direto (RT-PCR) desde 2018 no estado.
Sobre a febre amarela, Minas Gerais confirmou um caso em humanos e uma epizootia em 2025.
Para a febre oropouche, até 29/1, foram identificadas 336 amostras que testaram positivo pelo método RT-PCR no estado.
Fonte: Agência Minas
Foto: Carol Souza